Encrenca

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Ludmilla pov.

Quando minha filha fez aquele gol eu não sabia o que fazer, estava feliz pelo time dela e principalmente por ela. Os olheiros iriam chama-la e eu tinha absoluta certeza disso.

Mas minha real surpresa foi ver ela e a Solyana se beijando, eu sabia que elas eram próximas por serem melhores amigas, mas beijar? Nunca imaginei. E não era apenas eu que estava olhando, parecia que ninguém sabia das duas, tinha gente olhando para elas com uma cara espantada outras pessoas nem piscavam.

Mas a minha cara de surpresa se transformou rapidinho.

Jasmine pov.

- Sai de perto dela!!!! - ouvi alguém gritar e logo mãos afastaram a Sol de mim.

Quando vi quem era tive vontade de rir.

- Por quê eu faria isso?! - pedi grossa trazendo a Sol pra ficar atrás de mim - Pelo que sei ela terminou com você!!

- Hoje... ela terminou comigo hoje!

- Viu... não pode vir aqui e me atrapalhar sendo que vocês nem estão juntos! - joguei a verdade.

- Ela terminou comigo sem motivos! Por quê? - pediu na direção da Solyana.

- Olha... - Soly começou, mas eu a cortei.

- Talvez seu brinquedinho não seja o suficiente. - provoquei, quase levando um soco na cara que consegui desviar e alguns alunos o seguraram.

- Não provoque. - Sol sussurrou no meu ouvido.

- Só estou me divertindo. - sussurrei de volta - Vamos, eu quero saber, é pequeno? - perguntei pra ele.

Ele tentava se soltar dos outros alunos, mas não conseguia. Olhei as arquibancadas e vi minha família inteira olhando pra cá, provavelmente querendo saber o que estava acontecendo.

– Você não vale nada! – ele falou pra mim – Só está dando uma de corajosa agora, mas na verdade você é uma covarde. Precisa que outros me segurem porque sabe que se brigar comigo vai perder!!

– Soltem ele. – falei pro pessoal – Covarde é você que não consegue aceitar que ela te trocou por uma garota!

No mesmo instante ele veio pra cima de mim, nós brigavamos na intensão de realmente machucar, e machucar feio. Em um certo ponto, ambos bastante machucados ele me prendeu contra o chão. Me enforcando. Pra minha sorte eu sabia de algumas coisas, então em vez de eu segurar minhas mãos em cima das dele que rodeavam meu pescoço, mudei elas para seus olhos, enfiando meus dedos. Não demorou muito para ele me soltar, fazendo eu me virar e ficar por cima.

– Você é apenas um mauricinho, não é capitão do time porque sabe jogar e sim porque seu pai paga para o treinador. – na mesma hora vi seu olhar de confusão – Vai me dizer que não sabia? Eu vi, seu pai e o treinador conversando e depois ele entregava uma boa quantia em dinheiro. – falei olhando pra ele – Nem seu pai acredita em você! – e com isso eu sai de cima dele e me levantei – Não se atreva a tentar brigar comigo de novo, eu não vou gostar de ter de te mostrar que sou melhor. E a Solyana está em boas mãos e é melhor deixar ela em paz, ou eu quebro a sua cara! – falei olhando-o – Vamos Sol... – falei pra garota ao meu lado.

E assim comecei a me afastar com ela ao meu lado. Quando entramos no vestiário, que por sorte estava vazio, Solyana veio pra cima de mim.

– Deixa eu ver esses machucados... – ela falou.

– Eu tô bem Sol.

– Tem sangue na sua cara... deixa eu limpar ele pelo menos. – concordei, não iria adiantar falar que não precisava – Vem... senta aqui. – fiz o que ela mandou, não demorou muito e ela sentou nas minhas pernas.

Cada vez que ela passava o algodão eu queria soltar um palavrão, as vezes até saia, mas na maioria das vezes eu apertava minhas mãos que estavam na sua bunda. O tempo parecia estar travado, ele não passava.

– Terminei... – por fim ela falou, e depositou um selinho rápido em meus lábios.

– Obrigada.

– É melhor a gente ir logo, sua família deve estar louca atrás de você. – concordei.

– Só vou tomar uma ducha rápida, estou toda suada. – ela concordou e se sentou no banco, iria me esperar alí – Pensando bem... – comecei, agora eu só estava com roupa íntima – Não quer vir comigo?

– Você só pode ser louca. – sorriu – Estamos no colégio Jas e eu nem deveria estar no vestiário pra começo de conversa, aqui é apenas para as garotas do time.

– Mas você estrou pra me ajudar a limpar meus machucados. – expliquei me aproximando.

– Com uma briga que nem deveria ter acontecido aliás... – cortei sua fala.

– Sol, aquilo que rolou lá fora nem foi uma briga.

– Foi o que então? – pediu se levantando e vindo ao meu encontro, me abraçando pelo pescoço. Envolvi sua cintura com as mãos.

– Uma explicação... ele não entendeu vendo, então agora eu espero que ele tenha aprendido.

– Aprendido o que? – pediu curiosa.

– Que você é só minha, única e exclusivamente minh... – nem terminei de falar e ela me puxou para um beijo.

Colegial - Brumilla.  (2° temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora