Ele está bem?

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Dias antes...

Brunna pov.

– Não fica assim amor... seu pai está bem, aposto que é apenas um slarme falso. – falei a abraçando.

– Eu espero que você esteja certa Bru.

– Já avisou as crianças?

– Mandei uma mensagem ao Enzo dizendo que tivemos que viajar as presas, não falei o motivo, se eles soubessem ficariam preocupados e talvez não seja nada. – suspirou – Eu fiz certo? – pediu olhando pra mim.

– Fez... – deixei um beijo em sua bochecha – Enzo é responsável, ele vai cuidar da sua versão adolescente.

– Ela não é tão parecida comigo...

– Ela é sim... Você já ouviu ela falando espanhol? – negou – Eu só quando ela era pequena, mas agora...

Enzo pov.

– Jas!

– O que você quer? – disse abrindo a porta do quarto.

– Você ainda tá na cama?

– Estava, mas uma certa pessoa não parava de me chamar na porta. E fala baixo, a Sol tá dormindo.

– E as outras?

– Já foram... mas fala o que você quer.

– Avisar que nossas mães viajaram, não disseram pra onde foram e nem o motivo, mas falaram que não pretendem demorar muito.

– Era isso? – concordei – Vou voltar a dormir então... – disse batendo a porta na minha cara.

– Que irmã chata que eu fui arranjar em...

Jasmine pov.

– Quem era Jas? – Soly pediu baixo.

– Ninguém Sol, pode voltar a dormir.

– Dorme comigo? – não respondi, apenas me deitei ao seu lado a abraçando por trás, ficando de conchinha.

Quando acordei vi que a Solyana não estava mais do meu lado e olhei para a porta do banheiro que estava entreaberta, me levantei devagar e fui até lá, ouvindo o barulho de água imaginei que ela estivesse tomando banho.

Entrei tentando não fazer barulho e me deparando com uma Solyana de costas pra mim.

– Sabia que você é linda? – falei quebrando o silêncio.

– Que susto Jas!! Podia ter avisado que estava aí.

– Mas eu acabei de entrar e pensando, eu também preciso de um banho. – falei enquanto me despia.

– Nem pensar! Você só vai entrar aqui depois que eu terminar.

– Mas por quê? Temos a mesma coisa no meio das pernas!

– Por quê?! Eu explico então... – falou olhando pra mim já se secando com a toalha – Eu sei de você e da Emily tá.

– Eu e a Emily? Nós somos amigas!

– Amigas... amigas que se beijam! – quase gritou, me fazendo parar.

– O... O que? – falei baixo.

– Eu vi ta legal... Hoje de madrugada você e ela se beijando aqui nesse banheiro! Não pensei que você gostasse de garotas.

– E eu não gosto! Bom... eu não sei se eu gosto.

– Como não sabe?! Vocês estavam se agarrando como se vocês se amassem e isso é nojento!

– Nojento!? Ah por favor né Sol. Pelo menos eu não coloco chifre em namorado porque advinha? Eu não tenho. Mas você... com quantas pessoas você ficou enquanto namora aquele garoto?

– Você só pode ser maluca!!

– Você que é maluca Sol... porra, ele é um garoto de 13 anos e já tem chifre pra vida toda!!

– Eu vou embora daqui... – falou tentando sair, mas eu a impedi.

– Não, você não vai!! Você vai me ouvir agora. – fechei a porta e a tranquei, colocando a chave em um lugar que sei que ela não teria coragem de encostar... no meu peito – Por quê tem tanto nojo de eu ter ficado com ela? Eu sempre te ajudei a ficar com qualquer pessoa, nunca contei pra esse seu namoradinho e olha que não faltou oportunidades... mas eu não posso ficar com quem eu quiser?

– Só me deixa ir embora... – sussurrou em meio as lágrimas.

– Só me diz por que faz isso? Por quê está com alguém que não ama?

– Eu... eu não sei. Acho que é porque gosto de ter alguém para chamar de meu...

– E você tem a mim!! Eu estou aqui por você Sol, eu sempre vou estar!

– Desculpa, eu... eu não posso te impedir de ficar com ela só porque eu não gosto dela. – abaixou o olhar.

– Se você não quiser que eu fique com ela... eu não fico, okay? – ergui sua cabeça pelo queixo, ela apenas acentiu – Agora vamos sair daqui e olhar um filme. – peguei a chave e abri a porta.

Ludmilla pov.

– Onde ele está? – pedi para a secretária do hospital, Brunna me olhou e só ai lembrei que estava na França – Où est-il? Dans quelle pièce est Renato Oliveira? – falei em francês.

– Dans la salle 207, mademoiselle.

– Merci.

Procurei por um elevador e quando o encontrei apertei o andar onde estaria essa quarto. Quando o elevador abriu andei pelo corredor com Brunna ao meu lado e logo avistei Marcos.

– Como ele está? O que aconteceu? – fui pedindo.

– Calma Lud... o papai tá bem agora, deram um remédio pra ele dormir um pouco, vai acordar em alguns minutos. Se quiserem entrar...

Não falei nada, apenas entrei no quarto vendo meu pai dormindo em cima da cama do hospital.

Ele parecia bem, não demonstrava nenhuma lesão por causa do AVC e isso me deixava aliviada. Mas ainda me sentia mal por ele estar alí deitado.

Colegial - Brumilla.  (2° temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora