Novo lar (parte 2)

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Solyana pov.

Acordei aos poucos e sem saber como tinha vindo parar aqui, eu havia dormido no sofá e não na cama! Então o que foi que aconteceu?! Mas um barulho leve e uma mão sendo pousada em minha barriga me responderam.

Jasmine tinha me trazido pro quarto.

Pequenas lembranças me fizeram lembrar o motivo de eu ter ido para o sofá, aqueles brinquedos, eu não usaria aquelas coisas de diferentes formas e tamanhos. E Jas foi grossa comigo por causa disso...

Levantei tentando não fazer nenhum barulho, eu precisava ir ao banheiro e aproveitando a situação dei uma rápida olhada no relógio, 4:47a.m., eu ainda poderia voltar a dormir. Depois que terminei, voltei pra cama pegando no sono não muito tempo depois....

Senti uma movimentação na cama, mas decidi não levantar, eu estava cansada e ainda tinha sono....

– Sol... – ouvi uma voz ao fundo me chamar – Sol levanta... – outra vez fui chamada – Amor, tá na hora de levantar.... acorda vai. – e mais uma vez – Solyana Kamilly Smith, se você não levantar agora eu serei obrigada a comer todo o café da manhã que fiz pra gente sozinha!

– Me deixa dormir caralho... ainda é cedo. – me virei pro outro lado.

– Me desculpa por ontem amor... eu só não achei que você não fosse gostar daquelas coisas. Eu não devia ter gritado com você. – ouvi Jas dizer – Por favor linda... eu fiz um café da manhã com todas as coisas que você gosta....

– Você gritou comigo... – falei já acordada mas ainda parada no lugar.

– E você chorou por minha causa... amor, eu odeio ver você chorar e me odeio mais por ser a causadora das suas lágrimas... eu amo você.

– Não parece....

– Que?

– Você diz que me ama, mas é só eu bão concordar com algo e você já fica toda estressada. Você pode até dizer me amar, mas seus gestos não mostram isso. – falei me virando em sua direção.

– Amor... – falou baixo – Linda não chora, por favor. – com suas palavras percebi meu choro silencioso.

– Odeio ficar de TPM, parece que tudo me faz querer chorar ou ficar puta... – falei baixo.

–Vem cá. – Jas me puxou para seus braços, me colocando sentada em suas pernas – Não chora amor... – dizia me abraçando.

Quando finalmente tive forças para levantar sem nenhum choro, fui ao banheiro lavar meu rosto e os dentes. E quando saí de lá, Jas ainda me esperava sentada na cama com a mesinha com nosso café ao seu lado. Foi impossível não sorrir, ela tinha comprado tudo que eu gostava para o café da manhã e eu digo comprado porque ela não é muito boa na cozinha.

– Eu te odeio. – faleia olhando e percebendo seu olhar passar de confuso para triste me fez terminar a frase – Mas te amo em dobro... – um sorriso de alegria cobriu todo seu rosto.

– Eu também te amo, e desculpa por ontem.

– Tá tudo bem... foi de momento certo? – ela concordou levemente – E todo casal que se ama briga de vez em quando, não seremos diferentes.

– Verdade, isso vai acontecer pouco, mas vai. – falou mais calma – Agora vamos comer, estou com fome. – dei risada com seu comportamento infantil mas concordei, me sentei do seu lado para começar a comer também.

– É impossível você ter feito tudo isso sem nem ter provado... você sempre come.

– Digamos que eu me segurei ao máximo pra não comer nem um desses grãos de uva...

– Posso fingir acreditar? – pedi sorrindo debochada.

Ela respondeu com um leve erguer de ombros, depois de terminarmos nosso café da manhã nos levantamos. Revezando o banheiro, enquanto uma lavava a louça, a outra estava no banho, e quando a outra secava essa uma estava no banho.

O apartamento já estava todo arrumado, tinha apenas uma caixa ali e outra aqui. Mas essas caixas eram para uma nova integrante nessa pequena família que estava se iniciando.

Jasmine e eu conversamos e decidimos adotar uma cadelinha. Iriamos buscar ela hoje, e sim... o nome dela seria completo. Não teria apenas o primeiro, mas nossos sobrenomes também. Pra falar a verdade, já tinhamos adotado ela, por isso as coisas já estavam compradas. Mas ela só poderia ser entregue essa semana porque o lugar onde ela estava quis fazer alguns últimos exames para ver se ela estava bem, achamos certo a atitude deles.

– Amor? – Jas me chamou.

– Oi?

– Você fica aqui organizando as coisas da nossa baby enquanto eu busco ela? Ou quer ir junto?

– Com o que você vai?

– Estava pensando em ir de moto... como tem aquele carrinho na lateral eu coloco a gaula de segurança dela lá. – me explicou.

A Jas tinha comprado uma moto que sinceramente eu achei muito barulhenta, mas ela ama esse tipo de moto, minha sogra passou esse gosto pra ela. Até a mesma moto que minha sogra já teve a Jas quis comprar. Uma Harley Davidson Street 750.

(Em cima é o modelo da moto e na de baixo o carrinho lateral)

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(Em cima é o modelo da moto e na de baixo o carrinho lateral)

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– Vou junto com você... só preciso pegar minha carteira e um casaco.

– Tá... vou pegar nossos capacetes.

Em menos de dois minutos já estavamos descendo pelo elevador até a garagem do prédio. Jasmine parecia um garoto, ela vestia uma calça jeans, AllStar, um casaco moletom que eu sabia não ter nem blusa por baixo e um boné na cabeça. E eu estava simples, calça jeans, uma regata branca e um blazer cor vinho por cima.

As vezes eu desconfiava da sexualidade da Jas, ela costuma se vestir bastante com roupa larga e na maioria masculina. Também já peguei ela se olhando no espelho e dizendo coisas como: "Queria não ter peitos" ou "Se eu tivesse um pênis, eu não teria cólica", e também "Eu ficaria linda como menino". Uma vez eu olhei o celular dela e tinha fotos dela sem mostrar o cabelo longo dela, e por Deus, ela virava um menino naquelas fotos.

O trajeto para chegar no petshop onde a adotamos foi rápido, paramos a moto e descemos. Do outro lado do vidro já pude ver a nossa pequena criaturinha abanando o toquinho, que ela tinha como rabo, de uma forma um tanto histérica.

Colegial - Brumilla.  (2° temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora