Poucos anos depois

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Jasmine pov.

Poucos anos se passaram, minha família ainda estava intacta. Mama e Papa inventaram de fazer um almoço nos fins de semana com toda a família, ou seja, muita gente reunida em um lugar só.

Eu tinha acabado de completar 21 anos, Sol estava com 20 e Laika tinha 3 anos. Sol veio me atormentando nos últimos dias porque ela insiste em querer uma criança, mas ela não quer adotar, ela quer gerar uma.

– Amor, você já tá pronta? – Sol perguntou por trás da porta.

– Estou linda, só preciso organizar as coisas na mochila.

– Não consigo acreditar que você tem que sair em missão justo hoje. – ela entrou pela porta já falando.

– Vou sair só depois do almoço... vou ficar bem.

– Eu espero que sim Tenente Oliveira, ou eu termino de te matar quando voltar pra casa.

– Eu apenas dou as ordens lá, não vou participar de nada, prometo. – beijei sua bochecha – Vai querer levar a Laika junto pra casa das minhas mães? Elas iriam adorar se a pequena fosse.

– Acho que sim, Laika vai poder correr muito naquele quintal "modesto" delas. – demos risadas altas.

Minhas mães tinham saido do apartamento, segundo o que elas dizem, iriam precisar de uma casa maior pra quando os netos chegassem. Aquela casa era enorme, diversos quartos. Até minhas tias e madrinhas tinham ido morar lá, o que já dava um resultado de cinco quartos ocupados. Tinha um quarto pra mim, outro pro Enzo e se não me engano mais três livres, o que resultava em dez quartos.

Um banheiro em cada quarto e mais um ou dois em pontos estratégicos da casa. A sala de jantar era grande com uma mesa enorme e uma cozinha com tamanho ideal para caber dez cozinheiros dentro.

Minhas mães não tinham comprado uma casa... elas compram uma mansão. Todos os espaços da casa tinham sido planejados, eram grandes e espaçosos. E o jardim não ficava pra trás, era enorme, eu juro que ele deve ter o tamanho da metade de uma quadra de futebol. Enorme. Acompanhado por duas piscinas, uma de criança e outra de adulto, uma área de festa totalmente aconchegante e um gramado verde com diversas plantas. Próprio para Laika se perder no meio de tanto espaço.

Sol ficaria lá com elas enquanto eu estivesse fora, não deixaria ela sozinha, e por mais que eu não quisesse deixá-la aqui o meu conforto era que essa era minha última missão em campo. Depois eu trabalharia de longe e apenas dando sugestões, eu estaria praticamente aposentada.

Chegamos bem rapidinho na mansão e fomos logo resebidas pelas minhas tias, loucas como sempre eu diria, e eu tenho como provar.

Minha madrinha Dayane uma vez, eu era um bebê ainda, me deixou cair dentro da piscina porque ela tinha se assustado com um dos sustos do Enzo... eu só não morri naquele dia porque minha madrinha Júlia tava do lado onde eu cai e ela me pegou a tempo. Eu sei disso por causa que minhas mães contaram.

Tia Vero foi a primeira pessoa que me ofereceu bebida alcoólica e foi na casa dela que eu fiquei bêbada pela primeira vez. Mama não sabia em quem queria bater mais, em mim ou nela. Tia Juliana me ensinou a fazer drinks maravilhosos e uma caipirinha que um gole você já fica tonta.

Tia Patty é a única que tentou me levar pra igreja depois de eu ter feito a crisma, ela falhou nisso porque eu nunca mais entrei em uma igreja.

Acho que é isso, não lembro de mais nada. Isso que contei foram minhas mães que falaram e ela estavam meio bêbadas no dia... então, entendi meio por cima.

– Bom dia minha afilhada linda. – minha madrinha Júlia, falou – Não acredito que você vai ir trabalhar!

– É meu último trabalho madrinha, ai já vou poder me aposntar.

– Mas você só tem vinte e um anos! Como pode?

– Dependendo do meu cargo, que aliás é um dos mais altos, o tampo de serviço não é muito grande.

– Okay espertinha... mas vai ficar um pouco?

– Só saio daqui depois do almoço.

– Perfeito. – falou me puxando para dentro de casa junto com Solyana e Laika logo atrás.

O almoço foi bem descontraído, conversas aleatórias e risadas o tempo inteiro. Eramos uma família grande e feliz.

– Esperem... – Enzo falou se levantando – Quero dizer umas coisa.

– Enzo, meu afilhado favorito. – Dayane falou – Não sei se você reparou, mas a sua tia aqui tá com fome e se eu esperar até você falar o que quer, vou morrer!

– Deixe de ser exagerada Dayane e deixa o garoto falar! – Juliana disse.

– Obrigado? Prometo não demorar... – ele falou pra Dayane – Bom, já faz um tempo que descobrimos, mas resolvemos deixar em segredo. Mama y Papa vocês vão ser avós!

Abri minha boca em surpresa... quem diria não é mesmo?

– Coitado dessa criança ter um pai chato como você. – provoquei.

– Coitado dele com você como madrinha. – mostrei o dedo do meio pra ele.

Colegial - Brumilla.  (2° temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora