Jasmine pov.
Talvez eu tenha me precipitado um pouco ao falar aquilo de uma forma tão normal e o olhar que a Sol lançou em minha direção confirmou aquilo. O pior é que agora ela provavelmente iria levar uma bronca de seus pais por eu ter sido tão direta.
– Você gostou?! – o pai dela riu sarcástico – Você é uma garota, minha filha. E garotas não podem ficar com garotas! – sua fala pra mim foi a gota d'água.
– Sr. Smith sinto muito pelo que vou falar agora, mas o senhor não tem o direito de escolher de quem sua filha gosta ou não! – falei em sua direção um pouco mais alto que deveria e quando vi já estava em pé de frente pra ele – O senhor gosta tanto de vê-la feliz, mas se a felicidade for ao lado de uma garota o senhor preferiria vê-la infeliz?
– Jas... melhor não continuar amor. – sussurrou pra mim, mas seu sussurro ainda foi possível ser ouvido por seu pai.
– Amor?! – falou raivoso – Então a garota é você?! – apontou o dedo em minha cara.
– Sim! Sou eu! – falei firme – E agradeça por isso Sr. Smith, porque o senhor me conhece sabe onde moro e quem é minha família, mas se fosse alguma estranha aqui o senhor teria todo o direito de desaprovar e mesmo assim não poderia impedir de sua filha ser feliz!
– Está me desafiando? – pediu um pouco menos agressivo.
– Eu nunca faria isso, tenho respeito por você e sua esposa.
– Basta! – Sol gritou atrás de mim – Pai, sinto muito mas eu não mando no meu coração e por mais que possa ser difícil pra você, pra mim também é, tudo que peço é desculpas e que me aceite.
– Eu não posso aceitar isso! – ele falou se controlando – Arrume suas coisas e dê o fora, nessa casa você não fica.
Com essas palavras eu congelei, ele não poderia farer isso com ela, sua própria filha. Como ele tinha coragem de algo assim?
– Pai... você não... não faz isso... por favor. – Sol tinha lágrimas já escorrendo por todo seu rosto.
Eu queria tanto dar um soco nele, mas me segurei de punhos fechados. Me virei pra Sol não se importando com eles ali e a abraçei forte.
– Vem Sol... vamos no seu quarto arrumar suas coisas, você vai ir pra minha casa. – falei ainda abraçada e começei a caminhar junto com ela na direção de seu quarto.
Sr. Smith ainda tentou me impedir de ir junto, mas eu empurrei seu braço para longe. Quando chegamos no quarto dela eu fechei a porta e ela de forma automática pegou duas malas e duas mochilas e começou a colocar roupas, calçados e algumas outras coisas básicas para seu dia a dia.
Eu a ajudei em várias coisas também e quando terminamos de pegar o que julgamos mais necessário, deixei ela tomar um banho enquanto eu ligava para meu motorista vir me buscar.
Quando ele chegou a Sol ainda estava no banho, mas eu já fui colocando as malas e mochilas dentro do carro e mais algumas coisas que sei que ela não iria gostar de deixar para trás, entrei novamente na casa na intensão de buscar mais, mas acabei sendo barrada.
– Para onde vai levar minha filha? – Sra. Smith pediu.
– Pra minha casa senhora. – falei tentando passar – Pegamos só o que ela julgou ser muito necessário, mas provavelmente vou voltar aqui e pagar todo o resto porque em uma semana vou ter um apartamento só pra mim e ela vai morar comigo.
– Obrigada por cuidar da minha filha... – ela sussurou em minha direção – Eu não apoio isso que vocês tem, mas ela sempre fica feliz ao seu lado e acho que agora é melhor ela estar com você do que aqui.
– Eu cuidaria dela até se fosse precisso arriscar minha própria vida senhora. – falei olhando em seus olhos – Terminei esse meu último ano com a intenção de jogar bola proficionalmente, mas recusei a oferta dos olheiros.
– E por quê fez isso? – ela pediu.
– Pelo fato de meu verdadeiro sonho é ser delegada, tenho isso na cabeça desde meus sete anos e não sai mais. – falei calma – O futsal foi como um treino pra agilidade e trabalho em gru...
– Podemos ir Jas? – a voz da Sol invadiu meus ouvidos e eu me calei, apenas concordando com a cabeça, ela desceu as escadas devagar e quando chegou em mim me abraçou me puxando e nem olhando pra sua mãe – Tchau Sra. Smith.
– Se cuida, minha filha.
– Não sou mais sua filha, papai deixou isso bem claro pra mim. – ela disse segurando as lágrimas eu a apertei contra mim – E eu estou levando a calupsita junto, não vou deixar ela correr risco de morte.
No mesmo momento vi o segurança que veio junto com meu motorista segurando uma gaiola. A calupsita estava dentro, encolida e com medo, ela parecia saber o que estava acontecendo.
– Vamos Sol... – falei depois de ver meu segurança colocar o pequeno passaro dentro do carro e meu motorista se ageitar no banco.
A porta continuou aberta para nós duas e o segurança permaneceu lá a segurando até entrarmos, foi ele fechar a porta e o carro começar a andar e Solyana desabou em lágrimas.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Colegial - Brumilla. (2° temporada)
FanfictionLudmilla e Brunna estão vivendo a vida de casadas, se amando a cada dia mais. E aproveitando para lembrar do passado juntos de seus filhos, esses que conheceremos melhor nessa temporada. +16 (Ludmilla intersexual) se não gostar, não leia! Adaptaçã...