IV

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Harry absorveu tudo o que lhe foi dito naquela cafeteria

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Harry absorveu tudo o que lhe foi dito naquela cafeteria. Ele agiu errado ao abordar o menor daquela maneira, deixou o desespero tomar conta de si e acabou piorando as coisas. Ao invés de aproximá-lo, acabou o afastando ainda mais.

Ele queria muito saber o que tinha acontecido, ele precisava tirar essa dúvida que guardou durante tantos anos, mas agora era muito mais profundo do que seus próprios sentimentos. Os sentimentos do menor também estavam envolvidos nisso e, obviamente, Harry não tinha noção do que havia acontecido.

Perceber que aquele assunto era delicado lhe deu tristeza. Óbvio que ele ainda o amava, então descobrir que estava tão quebrado assim o machucou ainda mais. E se, talvez, Louis não tivesse sido tão filho da puta como imaginou? E se ele apenas não tivesse conseguido suportar a dor?

Cada um a sente de uma forma, não havia necessidade de julgamentos. Talvez a maneira que Louis encontrou de suportá-la foi se afastando.

Nesse momento, a única coisa que Harry queria era pedir desculpas e demonstrar que, embora eles nunca mais fossem ficar juntos como um casal, eles poderiam ser pelo menos amigos.

Estava melancólico durante todas as aulas, durante o almoço também e decidiu que chegaria mais cedo na aula, afinal, não queria se atrasar como no dia anterior. Mas a verdade é que ele queria ficar sozinho um pouco. Estava ficando agoniado que o mero barulho dos talheres e das vozes que perturbavam a sua cabeça.

Ele sentou no mesmo lugar de sempre, na primeira cadeira e de frente para o professor. Ficou pensando em como abordaria o menor sem que ele fosse agressivo ou sem que fugisse, mas sabia que seria em vão já que, ao encontrá-lo, fugiria completamente do roteiro da sua mente.

Apoiou o cotovelo na mesa e sua mão no próprio rosto e ficou batendo o lápis com a outra mão, suspirando por alguma vezes. Ele deveria pensar na polícia, mais cedo ou mais tarde o cobrariam, mas nunca foi sobre isso.

Perdido no som do próprio lápis colidindo com a madeira da mesa, mas não tanto ao ponto de não escutar a porta abrindo, ele olhou e viu que o menor entrava ali. Porém, ao perceber que Harry estava sozinho na sala, ele ameaçou ir embora.

- LOUIS... - Harry levantou imediatamente e o menor olhou ao redor como se tivesse medo - Louis...

- Porra, Harry! - ele sussurrou - para de GRITAR meu nome, eu sou a porra do seu professor e o capitão desse caralho dessa guarnição! Me chama de Tomlinson!

- Não tem ninguém por perto...

- Foda-se! Você criou uma intimidade comigo que não existe mais - Harry franziu o cenho, mas não era dúvida, era dor. A cada vez que ele tentava se aproximar do menor, uma nova apunhalada fatal era lançada em seu coração como uma flecha certeira e maligna, mas ele não aprendia.

- Desculpa, eu sei que eu não sou mais nada para você... - dessa vez quem sentiu a apunhalada foi Louis. Ele olhou para baixo completamente arrependido e sem graça. Não precisava falar assim porque Harry SEMPRE seria alguma coisa para ele... alguém para ele. Sempre, o único.

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