VII

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Harry ficou cerca de uma hora apenas sentindo Louis respirar de forma pesada em seu braço

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Harry ficou cerca de uma hora apenas sentindo Louis respirar de forma pesada em seu braço. Ele não estava pronto para soltá-lo, não depois de dez anos esperando por isso.

Mas estava com um misto de sentimentos muito forte. Ao mesmo tempo que estava feliz por dar conforto ao menor (conforto ao ponto de ele adormecer de forma profunda em seus braços), ele estava preocupado.

Harry acreditou em Louis, realmente acreditava que ele tinha sido assaltado e agradeceu muito por ter escolhido passar o final de semana no seu apartamento, ou não teria o visto para ajudá-lo. Mas algo não estava muito concreto em sua cabeça.

Aonde o menor teria ido para ser surpreendido por assaltantes?

Aliás, o quanto sua vida era perturbada e quanta pressão ele sentia para conseguir adormecer de forma tão profunda apenas naquele momento? Harry sentia sua respiração pesada, além disso um discreto ronco saia da sua garganta.

Era nítido o conforto, como se fizesse muito tempo que Louis não dormia direito. Harry se sentiu feliz, mas porque ele não teria esse conforto antes? Seria por causa de Leeds?

Muitas questões que ele não obteria repostas, aceitava isso. Não iria perguntar, não iria falar absolutamente nada, só apreciaria a companhia do homem que amava se sentindo à vontade para dormir em seus braços.

Quando percebeu que Louis não acordaria tão cedo, resolveu deixá-lo no sofá e começou a arrumar suas coisas. Ele pegou as roupas do menor e deu uma checada geral, aquilo acabou virando trapos de tão rasgadas que estavam, mas algo o fez franzir o cenho de preocupação.

Havia sangue naquela calça de moletom, muito sangue. Louis não estava machucado ou falaria para Harry pegar esparadrapos, então de quem era aquele sangue?

O moreno imediatamente arregalou os olhos e engoliu em seco. A imagem de Zayn falando sobre seus crimes veio à mente imediatamente e ele perdeu os sentidos por um momento. Louis já havia falado sobre matar pessoas, soava normal para ele. Agora sua calça tinha sangue e aparentemente não era dele.

E se ele realmente fosse um assassino?

- Deus! - Harry suplicou a si mesmo. Aquela certeza que tinha antes não parecia cristalina agora. Na verdade, ele estava muito balançado com isso e passava a acreditar que essa poderia ser uma hipótese.

Mas fato é que ele não ficaria com uma prova do crime guardada em sua casa, não queria se prejudicar e muito menos prejudicar o menor. Não, ele não falaria nada para a polícia, sua missão ainda não tinha nada a ver com os interesses da Scotland Yard e sim com os seus próprios: se reaproximar do menor.

Agora que tinha acontecido isso, não deixaria nada estragar. Apenas pegou uma tesoura e começou a picotar aquela calça em pedaços pequenos e depois jogou o tecido (de pouco em pouco) no vaso sanitário.

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