XXVII

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O dia da última audiência havia chegado e seria agora ou nunca

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O dia da última audiência havia chegado e seria agora ou nunca.

Estranhamente naquele dia o menor sentiu vontade de parecer um pouco mais apresentável do que das últimas vezes. Ele tomou banho, pediu um barbeador para aparar sua barba grande e um pouco de creme para arrumar seus cabelos ressecados pelos shampoos de segunda linha que a prisão lhe oferecia.

O barbeador foi concedido, mas o creme não. Então ele se olhou no espelho, penteou sua franja para o lado e piscou algumas vezes, como se isso ajudasse a controlar suas olheiras e sua magreza no rosto.

Ele se recusou a tomar o remédio naquele dia, ele queria estar completamente consciente das suas ações seja para receber uma notícia boa ou uma notícia que iria arruinar para sempre a sua vida. Depois disso os policiais o algemaram e ele seguiu para o tribunal.

Erin, o promotor, sua família, seus amigos, o coronel da aeronáutica e todas as pessoas que acreditavam nele estava ali. E, é claro, Harry Styles.

Harry Styles...

Aquele homem que ensinou ao menor todos os significados de cada ciclo que um ser humano passaria durante toda sua vida. Primeiro, aquele sentimento de se apaixonar a primeira vista, aquele sentimento tão forte que a pessoa só conseguia sentir vontade de dançar, muito embora estivesse na beira de um abismo.

E, lógico, o abismo. Aquela negação, aquele amor que seria tão grande ao ponto de entender que se afastar seria a melhor solução. Mas Harry provou também que aquele sentimento é tão intenso que seria capaz de unir essas duas pessoas sob quaisquer circunstâncias, mesmo diante das maiores dificuldades e provações.

Louis mirou bem fundo nos olhos de Harry e sorriu, o moreno correspondeu, mas sabia que estava absurdamente nervoso. Então o menor sibilou um: "eu te amo mais que tudo", mas não deu chances do maior responder, apenas continuou seguindo seu caminho enquanto era conduzido pelos policiais.

Depois de alguns minutos, o juiz chegou e cumprimentou a todos. Tanto promotor quanto advogada de defesa fariam as suas considerações finais, então o promotor começou pela ordem.

- Louis Tomlinson é uma pessoa insana como a defesa quer parecer que ele seja? - ele se voltava para os sete jurados - não, não creio. Um capitão da aeronáutica, que deveria passar por exames periódicos, não apresentaria qualquer indício de insanidade ou não estaria lá. Essa argumentação não deve ser levada em consideração. Louis Tomlinson seria um homem movido pela dor que foi ver sua irmãzinha sendo estuprada e morta na sua frente? Agir com as próprias mãos porque a polícia negou ajuda? - ele gesticulava. O menor permanecia olhando para baixo - as únicas testemunhas apresentadas demonstraram os crimes cometidos por quatro pessoas mortas. Pessoas mortas, entenderem? Jason, Karl, Christian e Carter estão mortos, portanto essas provas não devem ser consideradas relevantes. Mas Louis Tomlinson NÃO, ele está vivo e dedicou parte da sua vida para exterminar suas vítimas da forma mais cruel que existe. Isso parece justo? Devo mencionar o jeito que Carter morreu? Sim, devo. Ele morreu por infecção e por hemorragia, Louis decepou o PÊNIS dele assim como fez com o pênis do padre Karl. Se isso não for cruel, não sei o que é - gesticulou ainda mais - Louis Tomlinson tirou a justiça das mãos da Scotland Yard e a colocou em suas mãos, e pelas suas mãos ele assassinou quatro homens. Eu particularmente me senti horrorizado com o que aconteceu com a sua doce irmãzinha diante dos seus olhos, mas isso não dá a ninguém o direito de matar. Senhores jurados, todos vocês sabem a verdade agora, só precisam condenar esse homem por ter tirado a vida de quarto pessoas.

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