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Harry passou pelo psicólogo que a força aérea disponibilizou

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Harry passou pelo psicólogo que a força aérea disponibilizou. Ele contou toda a história, principalmente suas dores, então o profissional sugeriu uma série de coisas, mas a primordial era que se ele continuasse bebendo daquele jeito, não chegaria a lugar algum.

Era difícil resistir as garrafas de vodka que havia comprado, sua vontade era de beber até parar de respirar, mas ele entendeu que se tomasse, acabaria piorando as coisas como aconteceu dias atrás.

Ele ainda não desistiria de Louis, principalmente de tentar provar que não fez absolutamente nada e que seus sentimentos eram verdadeiros. Mas sabia que não poderia mais aparecer lá bêbado daquele jeito e tentando enfiar na cabeça de Louis algo que só ele sabia e sentia.

O menor estava arrasado, nenhuma dor que Harry sentia se comparava com a dor que ele estava passando, é óbvio que ele agiria pela emoção e não pela razão. Além de ter perdido toda carreira que construiu a anos, perdeu o amor da sua vida, se sentia traído pela única pessoa que jamais poderia se sentir, magoou sua mãe, seu pai, suas irmãs, ele destruiu sua própria vida, ou seja, estava sofrendo mais do que Harry.

O moreno entendeu isso, mas ainda sim iria estar ali para ele de um jeito mais sútil e menos invasivo. Harry deveria aprender a controlar sua impulsividade e suas emoções.

Alguns dias depois, Louis foi informado que uma advogada iria conversar com ele. Não era uma defensora pública, não era uma advogada das forças aéreas e sua mãe não disse absolutamente nada sobre isso, muito embora fosse visitá-lo todos os dias. Então quem estava custeando os seus serviços?

Bom, a primeira coisa que Harry pediu foi para que ela não tocasse nesse assunto, Louis poderia não aceitar.

Mas era ele, sempre foi e sempre seria.

Louis estava sentado na cadeira a esperando e brincando com as suas próprias unhas. Ele estava derrotado, tinha fortes olheiras, seu cabelo estava para baixo porque não tinha mais gel ou pomada, sua barba estava maior do que costumava, mas ainda sim era o homem mais lindo desse mundo, principalmente para Harry.

Quando a advogada chegou, ele levantou e estendeu a mão para cumprimentá-la.

Erin era uma senhora que não passava dos sessenta anos. Negra, elegante, maquiada, cabelos maravilhosos, unhas pintadas, extremamente bem vestida e muito simpática. Automaticamente Louis se sentiu acolhido apenas por olhá-la e também conseguiu ver uma luz no fim do túnel.

- Muito prazer, Tomlinson. Me chamo Erin Clark.

- O prazer é meu - ele forçou um sorriso, embora estivesse muito feliz por dentro.

- Eu vou cuidar do seu caso a partir de agora e...

- Desculpa - a interrompeu - a senhora não é defensora pública e nem advogada da aeronáutica, quem está custeando seus serviços?

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