II

367 44 23
                                    

Duas semanas havia passado desde a primeira e única conversa que Harry teve com a Scotland Yard

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Duas semanas havia passado desde a primeira e única conversa que Harry teve com a Scotland Yard. Ele ainda tentou conversar com o coronel para deixá-lo de fora dessa, mas foi em vão. Pensou, refletiu e chegou a conclusão de que não seria saudável para sua saúde mental se aproximar de Louis de novo, não queria fazer parte disso!

Mas já que estava sendo obrigado pelo seu próprio chefe, gostaria que aquilo fosse algo positivo de certa forma (embora não houvesse nada de positivo). E se ele conseguisse se aproximar de verdade? E se Louis contasse o que aconteceu há dez anos? E se ele esclarecesse o que tanto Harry queria?

E se ele admitisse que matou... Jason? Não, não era possível isso, Harry acreditava em sua inocência até segunda ordem.

Na terceira semana, Harry recebeu os papéis da matrícula. Aquilo seria uma oportunidade grandiosa se não tivesse um plano sujo por trás. Ele faria o curso, prestaria a prova e poderia se tornar um piloto Real.

Mas ele também teria que se aproximar de Louis e descobrir o que a polícia não estava conseguindo. Ou seja, não havia nada de grandioso fazer parte de uma cilada.

Ele levantou na manhã de segunda-feira, tomou banho, colocou o macacão verde musgo da aeronáutica com todos os seus broches, uma jaqueta de couro e seus coturnos. Também colocou seu Ray Ban aviador e uma espécie de bandana (também verde musgo) para afastar seus cachos da testa.

Harry Styles era sensacional.

Ele era muito popular na sua guarnição. Um piloto excelente, valente, inteligente, amável e gentil. Claro, um pouco exibido também. Todo mundo gostava dele, sua comunicação era incrível e extremamente educado, mas por dentro era quebrado e ninguém sabia disso.

Talvez pudesse ser uma experiência incrível para ele participar desse curso, mas não sentia como se fosse. Estava inseguro, com medo, seu coração palpitava, não queria de jeito nenhum. Ainda não parou para pensar em qual seria sua reação quando se deparasse com o menor... depois de dez anos.

Depois de arrumado, pegou sua mala generosa (para uma pessoa que passaria seis meses fora de casa), subiu em sua moto e deixou seu apartamento em Whitehall, rumando até Westminster, que ficava a dez minutos da sua casa.

Se apresentou na portaria e logo sua entrada foi autorizada. Procurou pelas vagas exclusivas de motos e a estacionou, depois disso desceu e ficou olhando ao redor, seu coração estava acelerado.

Era uma confusão de sentimentos inexplicável. Todas as suas reações eram bem características, coração acelerado, tremedeira, sudorese, nervoso, borboletas no estômago. Mas Harry queria se enganar, ele não queria pensar nisso, não queria imaginar qual seria (ou teria que ser) sua reação.

Fez hora na moto, tirou o capacete, prendeu a ela, tirou sua mala dali, arrumou a bandana e o óculos. Faltava vinte minutos para ele se apresentar no grande salão da Academia e não queria ser o primeiro.

BAD COMPANY  • LS •Onde histórias criam vida. Descubra agora