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Harry foi para o seu quarto e tacou sua mochila no chão

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Harry foi para o seu quarto e tacou sua mochila no chão. Ele queria ter feito isso com aquele maldito anel escrito "paz", mas ficou sem coragem. Paz? Aonde estava aquela paz cravada em uma prata? Nunca teve paz e agora estava muito longe de tê-la.

Se sentia um tolo, um tremendo pateta por estar chorando por uma pessoa que não dava a mínima para o seus sentimentos, que não tinha a menor consideração, que agir da forma mais cruel e traidora que podia e, além de tudo, não demonstrava nenhum sentimento de remorso.

Isso só fazia com que Harry tivesse ainda mais certeza de que não queria participar dessa paranoia. E para começo de conversa, independente se Louis era inocente ou se ele havia burlado a máquina da verdade, era uma máquina com resultados precisos e foi comprovado a sua inocência. A polícia estava agindo por questão de honra, de birra.

Era ridículo, Harry não merecia participar disso.

Ficou chorando até a hora de anoitecer. O barulho ensurdecedor do caça (que estava praticando os voos noturnos) não era um problema, na verdade, era uma solução. Já que ele não conseguia dormir, apenas colocou moletons e uma touca rosa e foi até o campo de voo.

O local era imenso, mas protegido por grades de ferro. Ele sentou ao lado de uma árvore e estava bem escuro e frio, ventava demais por ser um local alto, aberto, com turbinas potentes ligadas e o outono se despedindo para dar boas-vindas ao inverno.

Era perfeito para Harry que gostava do frio. Perfeito também observar seu maior sonho sendo realizado e pairando no ar. Ele poderia estar completo, sim, mas estava apenas a meio caminho de casa, porque quando chegava nela, estava sozinho.

Ele abraçou as próprias pernas e encostou seu rosto no joelho. Depois de alguns segundos, percebeu que uma pessoa se aproximava e ele tentou levantar imediatamente. Sabia que não poderia ficar naquela área, mas nunca imaginou que alguém o encontraria ali.

Fez menção de levantar, mas sentiu uma mão encostando em seu ombro e o impedindo, depois de um tempo essa pessoa sentou ao seu lado e... Louis Tomlinson?

Harry estava em frente a sua janela e quando Louis foi até lá fumar, viu o maior sentado, sozinho e tomando frio. Ele sabia que precisava se desculpar, achou prudente aquele momento e estava ali agora.

- Louis? - o maior parecia preocupado e surpreso - eu sei que não deveria estar aqui, já vou entrar...

- Tudo bem, não precisa - quando Louis sentou ao seu lado, ele ficou ainda mais surpreso - eu... eu... queria falar com você... claro, se você ainda quiser.

- Pode falar! - Harry imediatamente sentiu o bombardeio de sangue que seu coração emitiu a todas as suas veias e artérias do corpo. Louis hesitou um pouco, não porque não queria fazer isso, mas porque estava extremamente sem graça e arrependido.

- Eu queria te pedir desculpas - ele suspirou e Harry ficou ainda mais surpreso, se possível. Não estava esperando por essa - você pode não acreditar, mas eu nunca quis te magoar, não quis falar o que falei, não quis agir como agi, não com você... justo com você - Harry sentiu um alívio imediato, como se mil toneladas saísse dos seus ombros.

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