XXVIII

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Harry e Louis aproveitaram aquela noite como nunca haviam aproveitado antes

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Harry e Louis aproveitaram aquela noite como nunca haviam aproveitado antes. Nunca tinham feito nem a metade das coisas que fizeram há dez anos atrás, nem com na mesma intensidade e muito menos com o mesmo sentimento.

Tampouco fizeram algo parecido depois de se reencontrarem, afinal, não estavam sendo eles mesmos. Isso tinha uma explicação: o peso que tiveram que carregar por esconderem tantas coisas, por aceitarem (ou não) tantas coisas, viverem a base da pressão e daquele sentimento de que estavam dando vários passos errados, enfim.

Agora, justamente agora, exatamente agora, eles não tinha mais nada disso, nenhum sentimento prejudicial, nenhum drama, nenhum medo, nenhuma mentira ou omissão. O que mais poderia dar errado? Não existia essa possibilidade, então eles estavam leves, confortáveis, seguros e muito mais apaixonados do que nunca estiveram.

No início da manhã, Harry acordou com o som de um celular vibrando. Ele se mexeu na cama e foi procurar pelo seu, mas constatou que a ligação não vinha dali. Então se levantou e viu o celular do menor gritando a plenos pulmões.

- Lou... - falou manhoso, o chacoalhando devagar - Lou... acorda.

- O que? O que foi?

- Alguém está te ligando.

- Ah, deixa ligarem... - deitou de novo e Harry ficou o encarando, provavelmente ainda dormindo em pé. Mas a ligação desligava e retornava à ligar.

- Loooooou...

- Merda! - o menor pegou seu celular, mas quando leu o nome que estava na tela, deu um pulo da cama (assustando Harry) - coronel?

Ele começou a conversar com o senhor, mas preferiu ir até o escritório de Harry para não atrapalhar o sono do moreno, mal sabendo que ele já tinha acordado cem por cento com essa ligação.

A conversar não parecia nenhuma conversa desconfortável ou preocupante, o coronel sempre esteve com Louis desde o dia em que ele foi intimado a comparecer na delegacia pela primeira vez.

Assim como Liam, aquele senhor também apoiava a atitude de Louis e ele faria o que fosse possível para seu nome não ser manchado na aeronáutica e ele faria.

A princípio, quis saber como o menor estava, sua saúde mental, como estava levando a vida depois da inocência, como viveu aquelas semanas torturantes na cadeia e se ainda estava passando pelo tratamento psicológico.

Ele contou toda sua vida depois disso, mas não estava mais tomando aquele remédio, mas ainda passava em consultas porque aquilo lhe fazia bem e também era necessário.

O coronel pediu para que ele comparecesse na Academia naquela tarde (depois do almoço) e obviamente não iria recusar. Então se despediram e Louis voltou para o quarto.

- O que foi, Lou?

- O coronel queria saber como eu estou, mas... - Louis suspirou, não queria criar expectativas - ele pediu para eu ir na Academia hoje depois do almoço.

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