Acordei e Caim não estava mais lá, devia ter saído assim que eu dormir, como tinha dito.
Levantei já era quase hora do almoço, desci e comi frutas sozinha naquela mesa enorme. E fui para o meu refúgio, não tinha visto Caim ainda, sentada debaixo de uma árvore e de frente para um pequena cachoeira que forma um lago, eu desenha no meu caderno. Escutei um barulho, gelei, olhei para trás e vi um sombra de uma asa e falei:
- Eu sou humana, mas ainda te ouvir, espião Caim.
Ele saiu de trás de outra árvore.
- Como você sabia que era eu?
- Você sumiu ontem a noite e não me viu de manhã, provavelmente iria me procurar, porque não aguenta ficar longe de mim.
Ele se sentou do meu lado e me deu um potinho de sorvete de morango.
- Eu não sumi ontem, nosso trato foi eu sair depois que você dormisse, o que não demorou muito, já que desmaiou com a minha bela presença.
Coloquei uma colher de sorvete na boca, revirei os olhos quando ele terminou de falar, Caim sorriu e olhou para o lago e me perguntou:
- Vamos entrar.
- Não quero.
- Porque não?
- Porque não.
- Vem logo.- disse ele de pé puxando o meu braço.
- É que não quero molhar minha roupa.- uma desculpa que tentei dar, porque estava com uma lingerie branca que na água não daria muito certo.
- Então é só tirar.- foi tão rápido que só depois percebeu o que falou.
- Eu quero entrar, o problema é que eu tô com uma roupa de baixo clara e na água fica transparente.
- Ah, desculpa.- ele tirou a túnica azul clara e me deu.- Toma, coloca a minha camiseta.
Aceitei e ele se virou para eu tirar as minhas roupas e colocar a camisa, que no meu corpo ficou grande e ele tirou a calça ficando só com a cueca preta, quando virou Caim me encarou de cima a baixo e eu, ele.
Ele entrou no lago primeiro e depois estendeu a mão para mim e me mostrou onde pisar, coloquei o pé na terceira pedra, escorreguei e me agarrei no Caim e ele se moveu rapidamente para me segurar.
- Para uma humana você é bem mole.
Nós dois rimos com a referência. Chegamos em um ponto do lago que a água estava nos quadris e perguntei a ele:- De onde essa cicatriz veio?
Ele olhou para o peito e me respondeu:
- Você não vai querer saber.
- Se eu estou perguntando é porque eu quero anjinho.
- Eu briguei com o urso mais selvagem da floresta e ele me arranhou bem no meu peito e depois disso arranquei a cabeça dele fora.
Fiz um cara de que não estava acreditando.
- Conta a verdade.
- Eu não gosto muito de falar sobre isso, mas vamos lá. Eu e meu irmão brigamos um certa vez e eu posso... ter dito algumas coisas de que me arrependo ter falado e ele tacou a sua espada no meu peito, para lembrar de nunca insultar o herdeiro dos serafins.
Eu passei a mão na cicatriz e perguntei de novo:
- E porque você o insultou? Além dele ser o irmão mais velho que sei como são.
- Porque Sáel é apenas illyriano normal e eu sou mais poderoso que ele e eu praticamente cuspi isso na cara do meu irmão... tenho vergonha do que falei e penso que foi por isso que ele se afastou da família, foi minha culpa...a minha arrogância e meu egoísmo.- ele abaixou os olhos que nem conseguiam olhar no meu rosto.- Todo dia que olho no espelho e vejo essa marca procuro afastar essas duas coisas para ser uma pessoa melhor, que eu não pude ser para o meu irmão.
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Corte de Estrelas e Penas
FanfictionUma história baseada na série de livros Acotar, alguns anos depois com os filhos mais velhos e novos personagens. Este livro conta através da visão de Lyah, a filha mais nova de Rhysand e Feyre, sobre sua vida em Velaris como a Princesa Noturna huma...