Capítulo 6

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Nuala me ajudou a me trocar e a escolher o meu vestido. Alguém bateu na porta, eu estava colocando os brincos, ela abriu a porta, Nikko estava com uma túnica verde clara e uma calça bege e o cabelo ainda um pouco molhado do banho. Eu me levantei ajeitei o meu vestido creme de cetim, meu cabelo estava natural e solto para trás:

- Está bom? - perguntei para Nik.

- Está maravilhosa! - ele pegou a minha mão e disse - Vem eu preparei uma coisa para você.

Ele me levou na varanda que tinha vista para o rio Sidra e na mesa de ferro um pote gigante de sorvete de morango e várias flores por toda a varanda. Eu perguntei:
- Como você conseguiu um potão da maravilha?

- Eu fui hoje de manhã lá e pedi para prepararam um para você e se não estivesse pronto o Grã-senhor iria acabar com tudo para conseguir o sorvete para você.

Dei um sorriso, abracei Nikko e o agradeci. Sentamos no banco da mesa e ficamos conversando a tarde toda e tomando sorvete, Nikko iria embora hoje e no anoitecer ele foi arrumar a suas coisas, eu esperei na porta de entrada, meu pai levaria até lá com os seus poderes e depois voltaria, quando ele chegou eu o abracei e disse:

- Obrigada por vir por mim e me desculpa qualquer coisa, quando eu puder vou te visitar na Corte Diurna e se precisar de qualquer coisa ou de uma amiga pode me chamar por esse bilhete.- dei o papel para ele e conclui - Você consegue escrever alguma coisa, mandar e vai chegar até mim, como uma carta só que mais rápido.

Ele colocou o meu cabelo atrás da orelha e disse:
- Foi um prazer para mim ter a sua companhia e te espero lá minha amiga.

Beijou a minha testa e foi com o meu pai e em menos de um minuto ele voltou mas dessa vez sem Nikko. Meu pai me abraçou pelo ombro.

- Obrigada morcegão - dei um beijo na sua bochecha e apoiei a cabeça.

- Sempre ao seu dispor, minha princesa.
                                ☆
Me sentei na penteadeira e me olhei. Meus cabelos eram longos e liso da mesma cor dos meu pai, meu rosto tinha o formato da minha mãe e os meus olhos eram como duas avelãs, não como as do tio Cassian, eram escuros bem escuros, meus lábios eram iguais o da minha mãe, mas o meu sorriso era igual do meu pai. Coloquei o meu pijama e fui dormir.

Acordei minha boca estava seca, precisa de água. Me levantei da cama e apenas com a luz do luar eu fui em direção a cozinha, no corredor vi uma pessoa vindo, pensei que era um dos criados e voltei a minha atenção para os meus pés descalços naquele piso frio. A pessoa se esbarrou em mim e eu disse:

- Me desculpa, não estava prestando...
Eu olhei e era um menino, diria que tem 19 anos, cabelos claros mas não loiro e mesmo no escuro vi que era muito bonito e forte, mas o que ele estava fazendo na minha casa. Eu disse assutada:

- Quem é você? O que voce tá fazendo aqui?

Ele colocou um dedo na minha boca para que ficasse quieta e pegou no braço. Eu comecei a gritar pedindo ajuda, ele segurou mais forte o meu braço e dei um soco na cara dele. E ele cambaleou para trás, meu pai e meu irmão apareceram no corredor. Assutado meu pai disse:

- O que aconteceu?

- Ele esbarrou em mim e depois pegou no meu braço.

E Nyx estava o ajudando e me disse:

- Ele é nosso convidado.

O menino e o Nyx foram para os quartos, me deixando com o meu pai que perguntou:

- O que a senhorita está fazendo acordada a essa hora?

- Eu vim buscar apenas uma água, Grã-senhor.

Meu pai trouxe um copo de água em um segundo atravessando.

- Pronto, agora vai dormir e não bata nos nossos convidados, coisinha cruel e linda.

Ele deu um peteleco no meu nariz e eu voltei para meu quarto e dormi.

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