Capítulo 21

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Meus pais nunca me levavam quando iam ver a corte dos pesadelos, eles me disseram que é um lugar horrível, mas mesmo assim queria conhecer, não estava animada, porque sabia quem Kleir era, o que ele tinha feito com a tia Mor, não sei como ele ainda não está morto. No meu quarto procurando o que vestir, minha mãe entrou com um vestido cinza na mão.

- Pedi para fazerem um vestido para você, igual ao meu quando eu fui pela primeira vez lá, se não quiser não precisa vestir.

- Eu quero mãe.- sabia como as coisas funcionam lá em baixo e não estava com medo mesmo com o que aconteceu com Pierre.

Coloquei o vestido e uma coroa simples de prata como galhos emaranhados. Meu pai estava de preto, como Nyx, e minha mãe com um vestido preto um pouco menos decotado que o meu, mas lindo, estávamos... elegantes. Nós quatro entraríamos depois de todos, meus pais nos atravessaram até a porta fechada da casa escavada. Meu pai disse para nós três:

- Em posições.- meu pai na frente com minha mãe de braços entrelaçados e eu e Nyx atrás.- Ação.- as portas se abriram e todos ficaram em silêncio e olharam para nós.

Meus pais eram o poder. A cada passo não deixei meu queixo cair, estava fria e calma. Olhei para a elevação dos tronos, nas laterais, tio Az, tio Cas, tia Mor, Mezk e do lado dele... Caim, porque ele veio?

Meus pais se sentaram, meu irmão ficou de pé ao lado da minha mãe e eu ao lado do meu pai, que anunciou:

- Conheçam a minha filha, Lyah, ajoelhem diante dela.

Todos abaixaram os joelhos e por um longo tempo, meu pai deixou eles ali:

- Pai não os deixe assim para sempre.- falei tentando entrar no personagem.

- Ah, querida assim você acaba com a diversão.- ele fez um sinal com a mão para que levantasse e eles obedeceram. Reconheci Kleir na frente das pessoas, lancei a ele um olhar frio e ele me encarou de volta, meu pai o chamou pedindo um relatório do mês, o comandante dos pesadelos obedeceu e no final fez uma referência ao meu pai e depois para minha mãe, quando levantou a cabeça e disse olhando para minha mãe e depois para mim:

- Está treinando muito bem a humana para ser a próxima vadia de alguém.

Eu podi sentir o sangue de todos fervilhar e vi o olhar de Caim que o mataria ali mesmo, mas meu pai disse com um sorriso nos lábios:

- Ai Keir você não aprende não é mesmo, peça desculpas a elas.
Keir não abriu a boca meu pai se movimentou para se levantar, mas eu segurei o braço dele o impedindo, eu queria fazer às honras.

- O pobre homem não escutou direito, papai, deixe que eu o ajude com isso.
Desci os poucos degraus que nos separavam, graciosa e o mais importante fria, as palavras sujas daquele homem não me afetavam, parei de frente a ele olhei nos olhos dele e segurei o pescoço dele, como se fosse falar alguma coisa no ouvido dele, e então meti o joelho no meio das pernas dele, Kleir se contraiu para baixo com a dor e eu tirei uma adaga que tio Az havia me dado que estava presa a minha perna e a coloquei na garganta do administrador da cidade escavada e trazendo seu rosto para cima:

- Kleir, querido, jamais fale assim comigo ou com a nossa Grã-senhora ou com qualquer outra mulher, ao contrário ficarei feliz em arrancar as suas pequenas bolas e dar aos porcos.

Retirei a faca da garganta de Kleir e me virei para voltar ao meu lugar e todos deram um passo para frente se preparando para um golpe, Kleir estava prestes a pegar no meu braço, quando eu me virei novamente.

- Você é corajoso, admiro isso, mas é burro, porque se ousar a enconstar um dedo em mim, não vai ser com a humana que terá que lidar.

Ele recuou e voltei ao lado do meu pai.
                                 ☆
Tio Cassian disse quando chegamos em casa, para mim na frente de todos, com um sorriso no rosto:

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