Capítulo 22

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As cortinas se abriram, eram Caim, deixando a luz entrar e me acordar.

- Bom dia, princesa grata por eu ter entrado na vida dela.

- Olha eu realmente não deveria ter dito isso a você.- continuei deitada e puxei o edredom.

- Você tá com pijama?

- E isso impediria de você levantar o cobertor?

- Realmente não, já vi muitas mulheres peladas.

- Que bom que só serei mais uma então.- dei um sorriso malicioso e ele veio quase desesperado tirar o cobertor de mim e é claro que estava de pijama.

- Você me enganou.

Eu sorri e perguntei:

- Eu não te enganei, você que tirou as suas próprias conclusões...porque você está acordando a minha beleza tão cedo?

- Nem se você dormisse mais 10 horas, aumentaria a sua beleza.

Eu fingi uma cara triste e disse:

- Não foi isso que me disse ontem a noite.

Ele revirou os olhos.

- Olha eu realmente não deveria ter dito isso a você.

Lancei um travesseiro na cara dele, mas ele pegou antes com as mãos.

- Como ousa me atacar, agora vai ver a ira do príncipe de asas.

Ele veio em direção a minha cama e começou a fazer cóceguinhas em mim, eu ria e me contorcia enquanto gritava:

- Caim, para, Caim.

Ele ria junto, Caim colocou os dedos na minha barriga, no meu pescoço, nos meus braços e eu fiz o mesmo, mas ele se desequilíbrou e caiu em cima de mim, o peito dele ficou sobre o meu, nossos rostos estava perto demais, eu respirava com dificuldade devido a tantos risos. Ele se retirou depois de um tempo nos olhando, aqueles olhos verdes acinzentados eram os mais lindos que eu já vi, ele era o homem mais bonito que já tinha visto.

- Vamos treinar com o comandante.
Me levantei e coloquei a minha roupa de couro illyriano. Caim me levou voando até onde tio Cassian estava nos esperando.

- Dá um sorrisinho nesse rosto, pequena, eu deixei que Caim viesse.

Tio Cassian me disse isso porque se fosse por mim ficava deitada na minha cama. Caim ganhou de mim na primeira luta, mas não deixei isso acontecer na segunda, coloquei a espada bem na garganta dele. Meu pai nos interrompeu com um pequeno sorriso no rosto.

- Vou roubar-lá só um pouquinho, seus desgraçados.

O treinador assentiu, eu e papai voamos, e Caim ficou, gostaria de saber o que aconteceria com os dois sozinhos.

Seguimos para o Rita's, meu pai me deu um sorvete de morango para mim e começou a falar, já não mais com aquele sorriso na boca.

- Sua mãe falou para você que estamos tentando reunir todos os Grã-senhores, só que nós não conseguimos fazer com que Tamlin nos ajudasse, então vamos ter que procurar uma outra solução, se você quiser.

Ele estava um pouco chateado em me dar aquela notícia, eu fiquei também, estava começando a amar como humana, mas se tivesse a oportunidade de viver ao lado da minha família, eu tentaria. E Tamlin, eu sei como ele é, o que ele fez.

As histórias da minha família são como lendas antigas, nós mais novos somos os milagres de Prythian, Tamlin é só uma pequena pedra em todos esses contos, eu nunca o vira de perto, meus pais não deixaram, nem tio Lucien, que era amigo dele, fala sobre isso.

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