Capítulo 51

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Meus três tios, meu pai e minha mãe, estavam na sala, conversando, eu cheguei com Caim e perguntei para meu pai e minha mãe:

- Queria levar os convites de aniversário, para Hellion e Nikko, eu poderia ir?

- Claro, querida- minha mãe respondeu

- Já está com saudades do Grão-senhor e quem vai com você?- meu pai perguntou e eu olhei para meu tio.

- Tio Lucien depois dos bebês ele precisa respirar um pouco.

- Eu vou então.- meu tio respondeu
Meu pai me olhou e disse na minha mente

Então era isso que estava conversando com a senhora Outonal.

Você sabe?

Sua mãe quem descobriu.

Eu sorri e falei:

- Tem uma coisa que eu queria mostrar, que eu e tio Az descobrimos.

Abri minhas asas illyrianas, tio Cas xingou baixo e sorriu, meu pai ficou paralisado, surpreso.

- Tio Az disse que isso é possível por causa da semente da minha mãe.

Meu pai veio em minha direção não disse nada, pegou uma das minhas asas e as abriu e passou a mão por toda ela, acariciando, ele olhou para mim seus olhos lacrimejando.

- Lyah.- a voz dele me fez querer dilacerar Tamlin, mas o abracei mais forte que consegui, fechei as minhas asas.

Ali nos braços do Grão-senhor mais poderoso de toda Prythian, percebi que além disso ele é uma pessoa. Tem um coração, todos temos e isso nos traz a nossa ruína, mas também trás tanto amor e felicidade, que é uma função muito difícil para um pequeno órgão. Meu pai se afastou e limpou algumas lágrimas, segurei a mão dele e perguntei:

- Está tudo bem?

Ele assentiu e deu um pequeno sorriso.

- Você tem asas illyrianas, minha querida.

Eu sorri e tio Cassian urrou de felicidade.

- Vou arrumar minha coisas, saímos amanhã de manhã, tio Lucien.

- Sim, minha senhorita.

Olhei para meu pai de novo e mandei para sua mente

Minha avó teria tanto orgulho do que macho incrível que se tornou, pai.

Ele mandou um beijo, não se importou que ninguém tivesse me escutado e todos viam, fingi que o peguei pelo ar e coloquei no meu coração fazendo uma careta, meu pai colocou a mão no peito e riu. Eu tinha feito ele rir e sorri para mim mesma, mas algo ainda apertava meu coração.

                                 ☆

Na varanda do meu quarto, observei o pôr do Sol, coloquei a mão no parapeito e comecei a chorar.

Caim apareceu atrás de mim, não me virei e continuei olhei para minhas mãos, tinha gelo saindo delas e eu estava brilhando. Meu parceiro correu e tirou elas antes que ficassem grudadas. Me abraçou e eu soluçava de choro, acariciou meu cabelo e tentei achar força para falar:

 Me abraçou e eu soluçava de choro, acariciou meu cabelo e tentei achar força para falar:

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- Todos eles já sofreram tanto... não posso deixá-los se machucarem de novo... eles são pessoas incríveis todos eles e...-respirei fundo e chorei

- Calma, minha princesa, pode me falar que vou te escutar.- eu chovarava contra o peito dele.

- Eu vou ser a Grã-senhora... ninguém vai tocar em nenhum de vocês, e se acontecer alguma coisa, destruiria o mundo para salvá-los.

- Você será a Grã-senhora, mas não vai poder proteger toda vez e não tem problema. Todos sabem se virar, não pode se sentir culpada toda fez que acontecer algo, isso vai acabar a destruindo. Não estou dizendo para não cuidar, estou dizendo para não se culpar, isso só te levará a não se amar novamente e você é incrivel, você não tem culpa, nós somos uma família, todos cuidam de todos.- ele afastou meu rosto com as mãos para observar e limpar as lágrimas.

- Eles são sua família?

- Eles te amam e você os ama, é claro que são.

Olhei para o gelo que deixei no parapeito e o brilho que diminuía, me acalmei e as lágrimas também.

- Tenho medo de não conseguir controlar, tenho medo de me tornar algo de que não me orgulho e me sucumbir a tanto poder.

- Estamos aqui, como uma família, todos levantantam todos. Todos temos medos, mais o que importa é como vamos reagir a eles.

- Eu tenho tantos outros medos... e os seus?

- Tenho medo de te perder, tenho medo de você se perder, tenho medo de não ser o que você espera de mim, tenho medo de não ser suficiente, de não ser digno do seu amor, e muitos outros.- ele respirou fundo e peguei a mão dele.

- Caim... como pode pensar em não ser suficiente, de não ser digno, toda vez que olho para você, vejo tanta sorte que a Mãe me deu de encontrar o meu parceiro, tão perfeito e bom que às vezes me faz duvidar se eu realmente sou sua igual.- ele me abraçou

- Nós somos iguais, nossas almas foram feitas como uma só.- ele pausou- Descanse um pouco, Merrill só irá amanhã, avise Eris depois, deixe que eu e Nuala cuidamos das suas coisas para ir ver Hellion, esqueça um pouco tudo isso, dá uma respirada.

Eu assenti e ele me levou até minha cama, me cobriu, segurei sua mão.

- Fica comigo.- levantei o cobertor, Caim tirou os sapatos e se acomodou do meu lado.- Você falou das nossas almas e eu me lembrei de uma lenda em um livro antigo que li. Contava sobre como fomos criados, cada um de nós no princípio foram dois, todos duplicados. Os primeiros Deuses com medo de sermos perfeitos demais para esse mundo, nós separou, e cada uma das metades vagam por esse planeta. Há aqueles que passavam a vida inteira sem encontrar a sua outra parte, mas tem os sortudos, que as encontram e quando isso acontece se encaixam perfeitamente um ao outro, trazendo paz e alegria, para aqueles que um dia foram dois, agora um só novamente. Não acreditei quando li isso, mas agora, com você, meu parceiro, eu acredito.

- Nós somos apenas uma metade agora, assim como os seus pais e os meus, parceiros, apenas um.

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