Capítulo 27

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Subimos para o meu quarto, ele sentou na minha cama, algumas partes do rosto roxas e um pouco de sangue e ele perguntou:

- Me desculpa, não consegui me segurar, eu... eu fiquei com ciúmes dele.- estava com vergonha de admitir isso.

Entrelacei os meus braços no pescoço dele.

- Não precisa pedir desculpas, não estou brava, anjinho.- beijei o seu rosto em todas as partes machucadas e continuei- Você sabe que não quero nenhum outro macho, a não ser você, não precisa ficar assim, tá bom.

Ele pegou a minha cintura e me jogou na cama, ficou em cima de mim, enchendo de beijos, ele parou, me olhou e passou a mão no meu cabelo.

- Eu sempre quis fazer isso, sempre, desde do dia que a conheci, sempre quis você e nada mais importava para mim.

Beijei os seus lábios e interrompi quando uma coisa, meu pai, me chamava na minha mente, eu escutei, me encontre na varanda querida, Caim me olhou.

- Eu escutei meu pai me chamando, na minha mente.- sorri

- Então vai lá princesa.- ele sorriu também e fui.
                                ☆
Meu pai escorado no parapeito e eu falei:

- Eu te escutei.- sorri

Ele sorriu e me encarou de cima a baixo.

- Você se parece com ela.- o sorriso já não estava mais em seu rosto.- Minha irmã, seu cabelo, sua pele, seus olhos e seu coração, iguais aos dela, bondosa, gentil, graciosa e impiedosa a aqueles que maltratar quem ama, vejo isso na sua mãe também.
Ele nunca tinha falado isso para mim, meus olhos já estavam cheios de lágrimas e continuou:

- Eu nunca as vi, não como você e fico feliz que elas tenham procurado minha filha, eu tenho muito orgulho e penso que elas também, elas teriam sido uma ótima avó e uma tia incrível.

Eu o abracei e disse sobre o seu peito:

- Elas teriam sim.

Nos soltamos e perguntei:

- Minha tia já havia encontrado o parceiro?

- Não que eu sabia, mas eu tinha uma teoria de ser o Azriel, eles se davam muito bem juntos e eram bem parecidos.

Eu fiquei chocada e triste em ouvir aquilo e perguntei:

- Mas se fosse verdade o tio Az teria falado a ela.

Ele deu um pequeno sorriso triste nos lábios.

- Não, não teria, ele provavelmente não se acharia digno dela... ele conhece outras fêmeas, mas jamais me contou se encontrou a sua parceira.

- Fico triste por ele... ele merece ser feliz e ter alguém do seu lado.

- A Mãe quis ele sozinho por enquanto, talvez ele possa encontrar alguém mais para frente.

Minha mãe chegou e deu um beijo na minha bochecha:

- Como vai nossa recém imortal?

- Consegui escutar o Grã-senhor me chamando pela minha mente.

Minha mãe sorriu e pegou o braço do meu pai.

- Chame o seu parceiro querida e venham para o jantar.

Cheguei no meu quarto e Caim me acompanhou até a sala de jantar, puxou a cadeira para me sentar e desta vez eu aceitei, ele sentou do meu lado e do outro Nikko, aquilo era coisa de Nyx e Mezk, querendo uma diversão. Nik veio puxar assunto comigo:

- Fiquei sabendo que levou um corte.

Caim colocou a mão esquerda na minha coxa e respondi ele.

- Sim, quase morri por esse daqui.- apontei com a cabeça para Caim.

- Mas o trabalho dele não é te proteger?- o que Nik queria com aquilo.

- Ninguém tem o dever de proteger, todos me querem segura, e quando sai sozinha foi uma decisão minha, não deles, tenho liberdade de escolher o que eu quero fazer e quando eu tive uma adaga na minha barriga foi por uma escolha que fiz e não me arrependo, porque dá mesma forma que eles morriam por mim, eu morria por eles.

Minha mãe, meu pai e tio Cas levantaram as sobrancelhas e Nikko não disse nada, continuou a comer e Caim deu uma risadinha.

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