Prólogo

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ZAYA TORETTO

SUBO na pequena torre de ferro que havia na Race Wars, ignorando os chamados da minha mãe, e os olhares sobre mim, sento em uma parte pequena da estrutura, e olho para a frente vendo uma parte mais à frente da corrida. Sorrio fraco e escuto alguns tapas serem deferidos na lataria do local, me fazendo olhar para baixo.

— Posso te ajudar a descer? — perguntou um homem.

— Eu não vou descer agora. — respondo. — E o meu tio me ajuda, muito obrigado.

— Certeza?

— Absoluta.

Ele assentiu se afastando, respiro fundo ajeitando o vestido em meu corpo e agradeço mentalmente por usar um short por baixo da vestimenta. Encaro a pista novamente e sorrio ao ver o veículo que Letty possuía ultrapassar a linha de chegada primeiro que o rival.

Essa é a minha vida, e seria perfeita se eu não fosse renegada por meu pai, ele não me ama e eu vejo isso no seu olhar, pois Brian não me encara da mesma forma que encara Rachel ou Henry.

— Zaya, desce daí. — minha mãe se aproximou.

— Mãe, só mais cinco minutos. — pedi.

— Não. — falou Deckard.

Reviro os olhos, e o encaro vendo-o com os braços esticados, me posiciono e ele segura minha cintura me ajudando a descer, seguro no seu ombro e sinto a areia tocar em meus pés. Sorrio como agradecimento e vejo Dom se aproximar com Tej, ambos falavam sobre algo que com certeza simbolizava problema.

— Problema? — meu tio e eu perguntamos ao mesmo tempo.

— Como se fosse. — falou Tej. — O seu pai não vem.

— Por que?

— Ele quer ficar em casa com a Rachel, e eu achei que seria um problema porque você queria...

— Eu já acostumei. — o interrompo. — Avisa ele que eu vou para a casa do tio Deck.

— Zaya, por que não volta pra casa? — perguntou minha mãe.

— Porque já cansei de ser a filha renegada. — respondo. — Eu prometo voltar cedo.

— Eu te amo, tá? — ela acaricia meu rosto.

— Eu também te amo.

DOIS DIAS DEPOIS

Saio do mercado com uma sacola em mãos e vejo um menino que dirigia uma bicicleta caído no chão, vou até ele e encaro a corrente que barrava a passagem de uma certa parte da rua. Sorrio fraco negando com a cabeça e olho novamente para o garoto.

— Você atropelou a corrente, ou foi o contrário? — pergunto.

O reconheci naquele instante, John B. Routledge, ele já trabalhou limpando o barco do meu tio, e já nos encontramos em alguns lugares, inclusive em rachas, ele tem a galera dele que inclui o meu primo Anthony, mas nós nunca conversamos.

Me abaixo ao seu lado quando vejo um pouco de sangue manchando a sua camiseta, ergui o tecido e analiso o machucado que se fez ali por conta da queda.

— Isso não tá bonito. — comento.

— Pode me levar pra qualquer outro lugar? — pediu.

— Agora?

— Agora seria fantástico. — respondeu.

O ajudo a levantar, e ele entrou no meu carro deixando as compras no banco traseiro, coloco o cinto de segurança e respiro fundo olhando para o menino que suspirou me encarando, enquanto abaixava o banco para ficar parcialmente deitado.

ENTRE PESADELOS ; velozes e furiosos.Onde histórias criam vida. Descubra agora