038; As idiotices quase sempre acabam bem

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ZAYA TORETTO.

— Quando eu tive a ideia de fingir a minha morte, eu pensei em você. — escuto a voz de meu pai, enquanto brincava com uma arma em minhas mãos. — Eu tive medo de perder a sua confiança, do mesmo jeito que perdi quando decidi perseguir o John B.

— Se formos parar para pensar, você nunca teve de fato a minha confiança. — comento, ajeitando a minha postura no sofá. — Sempre me rejeitou, perseguiu um garoto inocente, quase me prendeu inúmeras vezes, e agora finge a morte para se sobressair em algo. Não seria mais fácil assumir o erro e enfrentar tudo junto como família? Sabe quem está me lembrando? A Anelise, mãe adotiva da Arya. Você precisa crescer pra caralho.

— Olha só, garota...

A minha mão segurando uma pistola que foi apontada em sua direção enquanto meus pés se firmavam o solo o interrompeu, a sua fala saía de seus lábios em uma alta exclamação, então, tratei de o calar antes que a minha paciência chegue ao limite. Os olhos de Brian se arregalaram quando viu a arma apontada para ele, não falei nada, apenas respirei fundo e balancei o meu braço para a esquerda onde ficava a porta.

— Sai daqui. Eu só vou te ver em Samoa, e olhe lá. Agora some.

— Vai atirar em mim? No seu pai?

— Eu te conheço como Brian O'Conner, ex-agente da polícia americana e um dos melhores corredores de rua de Los Angeles, você não é meu pai. E se der mais um passo na minha direção ou em qualquer outro lugar que não te leve até a saída, eu vou atirar.

— Zaya, não me faça rir.

Um disparo atingiu a parede ao lado de sua cabeça, e a porta se abriu rapidamente, John B e Braga adentraram na cabana, desviei o meu olhar deles e fixei minha visão em Brian que deixou o seu rosto ser tomado por um meio sorriso, ele ergueu as mãos em forma de rendição e caminhou até a saída batendo o seu ombro com o de Braga que sorriu.

— Zaya, estava disposta a atirar no seu pai? — perguntou o homem, ele caminhou na minha direção, e eu entreguei a arma para o mesmo que a colocou em sua cintura.

— Estava. — respondo. — Não só nele, mas em todo mundo que ficar no meu caminho, eu só quero descobrir onde o ouro está e sumir por um tempo.

— Antes precisamos acabar com a Sandstorm. — afirmou John B.

— Eu quero que eles se fodam.

— Se me permite dizer, você acha que quer isso, está magoada, Zaya. — comentou Braga. — Quando eu estava preso, tinha o mesmo pensamento sobre o seu pai, eu queria matá-lo por tudo que ele fez contra mim, só que aí, eu me toquei, eu tinha inimigos maiores para me preocupar na cadeia, estava correndo contra o tempo por querer matar um cara qualquer, sendo que eu podia facilmente lutar com o sistema para sair da cadeia. E consegui, eu estou aqui.

— Por que do nada está defendendo o Brian? Esqueceu que ele assinou documentos que não me deixavam chegar perto de você? — perguntou John B.

— É verdade, ainda tem essa merda toda, por que o defende?

— Ele não teve nada a ver com aqueles documentos, eu pedi para ele fazer tudo que estivesse ao alcance dele para o John não chegar perto daquela cadeia.

— Pai, como pôde fazer isso?

— Estava te protegendo, filho. Eu errei com você e com a sua mãe, mas eu te amo muito, e quero acertar, por isso vou ajudar na busca do ouro e irei ajudar com a Sandstorm, eu vou ajudar. O Brian quer ajudar, ele errou e muito feio, mas apontar arma para ele e destruir uma parte da minha parede não vai adiantar em muita coisa, vai falar com ele, Zay. Resolve tudo.

ENTRE PESADELOS ; velozes e furiosos.Onde histórias criam vida. Descubra agora