026; Explosões e Vinganças

106 8 24
                                    

ZAYA TORETTO 

Abri meus olhos e respiro fundo sentindo o meu corpo todo dolorido, olhei ao redor estudando a sala que certamente era o meu cativeiro: paredes e chão de concreto, e nenhum móvel para dominar todo o amplo espaço, muito menos cordas ou correntes que iam impossibilitar a minha fuga, olhei para a porta e vejo vários homens passarem por uma pequena abertura que havia nela. Não gritei ou chamei a atenção deles, quando a abertura principal se abriu, vejo uma mulher entrar pela mesma. 

A moça parecia ter a minha idade, franzi o cenho a encarando e vejo-a com uma bandeja em mãos, quando ela entrou na sala, a porta se fechou com voracidade o que assustou nós duas, sorrimos fraco uma para a outra e ela respira fundo se abaixando na minha frente deixando a bandeja perto de mim. 

— Não estou com fome. — comentei. — Sabe onde eu estou? 

— No inferno. — disse, forçando um sorriso. — Meu nome é Louize, eu só quero te ajudar. 

— Meu Deus do céu, Louize. Como eu vim parar aqui? 

— Você veio com o Merle e o Jack, o homem que chegou desmaiado contigo está em outra sala. — respondeu. — Tudo pode piorar para você em questão de minutos, então, tente não irritar a Eleanor. 

— Eu nunca irrito ninguém. 

— Tudo bem, eu acredito. 

— Louize. — a porta se abriu novamente. — Venha. 

O homem me encarou e eu devolvi o olhar enquanto deixava minha atenção toda no prato de comida e garrafa de água que estavam na bandeja, a mulher sorriu forçada mais uma vez antes de sair da cela. Abri a garrafinha e bebi um pouco do líquido presente nela, me sentia um animal jogado e preso no zoológico, era doloroso demais estar naquela situação. 

Respirei fundo bebendo uma grande quantidade de água, e olho para a comida decidida a não comer nada que estava dentro do prato, me encosto na parede e olho ao redor mais uma vez, não encontrando nenhuma forma de sair dali. 

•••

Minha mante parecia carregar um peso de vinte kilos quando abri os olhos novamente, não sei ao certo o tempo que fiquei desacordada, e se alguém veio aqui e fez algo comigo, porém a porta se abriu mais uma vez, vejo Louize —, a menina de cabelos loiros e olhos verdes entrar na sala com outra bandeja com comida e água. Ela se abaixou na minha frente e bateu de leve na tampa da garrafa. 

— A água está batizada. — ela silabou, não me dando dificuldade nenhuma para entender. 

Ela se levantou e saiu da sala logo em seguida, respirei fundo olhando para a garrafa e ignoro a dor de cabeça que me atingiu em questão de segundos e empurro a bandeja com voracidade, ignorando os dois pratos de comida que estavam ali. Abri a garrafinha e jogo espalho a água pela sala e deito meu corpo no asfalto frio, deixando as lágrimas caírem. 

Mais horas se passam, e quando alguém forçou a maçacenta, fechei os olhos fingindo um desmaio, escuto passos na minha direção e quando duas mãos apertam minha cintura, bati minha cabeça contra a da moça que se afastou quebro uma parte do prato de vidro e enfio no peito da moça que caiu ao chão. 

Saio correndo da sala e escuto passos atrás de mim, quando ia continuar correndo uma mão me puxou pelo braço, e segurou minha cintura contra si deixando uma das mãos na minha boca. Olhei para o lado vendo os homens correndo na direção que acham que eu fui. 

ENTRE PESADELOS ; velozes e furiosos.Onde histórias criam vida. Descubra agora