028; Hora da morte

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ZAYA TORETTO 

Estava sentada a mesa de alumínio aguardando meu namorado entrar pela porta e adentrar na sala de visitas do presídio, o meu coração se encontrava acelerado, mais do que eu podia imaginar. Quando a porta se abriu e eu vi John B deixar as algemas com o guarda que ficaria fora da sala, fui até ele o abraçando com força e sou retribuída, a porta se fechou e eu sorri fraco analisando o rosto do meu menino, notei um ferimento na sua bochecha —, que certamente parecia um soco. 

Acariciei a face dele, e nos sentamos a mesa, estava a sua frente e brincando com a sua mão como ele fazia com a minha enquanto olhavámos para o céu em Anaheim, aquela foi a melhor e pior parte de toda a minha vida, respirei fundo e voltei o olhar para seu rosto. 

— Oi. — ele sorriu de lado. — Como você está, meu amor? 

— Preocupada com você, o que é esse roxo no seu rosto? 

— Nada. 

— John B, você não me engana. 

— Me envolvi em uma briga quando um detento tocou no seu nome, e aí, outro rapaz me chamou de "assassino", e eu o soquei e aconteceu outra briga. 

— Meu amor, você precisa se controlar. — argumento, e ele respirou fundo assentindo. — Eu vou ver com o Leon, se ele pode mudar você de departamento, para ter mais segurança. 

— Não vai fazer isso. 

— E claro que eu vou, você é meu namorado, e eu quero te proteger. 

— Não vai se meter nisso, me promete. 

— Eu não posso deixar voce aqui sendo machucado, e fingir que não estou vendo nada, John B. 

— Eu consigo me proteger. 

— Me deixa te proteger, é tudo o que eu peço. 

— Você não vai falar com ninguém. 

— Ok. — suspiro. — Agora, eu preciso te contar uma coisa. 

— O que? 

— Eu te amo. 

— Eu também te amo, Zaya. — acariciou meu rosto. — Até que a morte nos separe? 

— Até que a morte nos separe. 

Após finalizar a minha visita, sai do prédio da polícia e franzi o cenho ao ver um carro preto perto da porta do lugar, o pisca-alerta do carro foi acesso. Olhei ao redor e ligo para Tyler deixando a chamada rolar e caminho até o carro entrando no mesmo, revirei os olhos ao notar que Remi estava sentada no banco do motorista com uma caneta em mãos. 

— Não vou te fazer mal. 

— Você já está me fazendo mal. 

— O que eu preciso fazer para você entender que só quero defender a minha família? 

— Eu não quero saber o que faz para proteger a sua família. Se é que sabe o significado de ter uma família. 

ENTRE PESADELOS ; velozes e furiosos.Onde histórias criam vida. Descubra agora