005; Pais e filha

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ZAYA TORETTO

— Isso é uma besteira, Brian. — falei. — Eu não acredito que estou aqui presa enquanto meus primos podem sair e ajudar o John B.       

— É para te proteger. — respondeu o loiro. — Estamos fazendo de tudo para te manter segura, tem como dar um sorriso e ser mais agradecida? 

— Desculpa. — murmuro. — Eu só estou cansada, eu quero andar livremente por aí, e não ficar com medo a cada centímetro que ando.

 — Engraçado. — ele sorriu, sentando do meu lado na cama. — Eu lembro que quando conheci a sua mãe, ela queria muito se proteger de tudo e de todos, mas todo mundo que ela conheceu, fez questão de protegê-la. 

— O que quer dizer? 

— Que eu vejo ela em você, pequena Arya. — respondeu, me fazendo sorrir. — Eu vejo aquela mesma menina que todos ameaçam, e ao mesmo tempo todos protegiam. A sua mãe sofreu muito, e eu não quero te ver sofrer, por isso, te evito. 

— Me evita para me proteger? — evito que as lágrimas caem enquanto o olho. — Está tentando me manter segura me deixando de lado e me deixando mal? 

— Você vai sentir a minha falta quando eu for embora? — devolveu a questão. — Porque eu acho que vai. Você vai sentir minha falta em todos os lugares, e vai sentir falta de brincar com o meu cabelo como fazia quando era pequena. — falou. — Não quero que sofra por me amar. 

— Eu quero te amar. Brian, me deixa te amar como o meu pai. 

— Oi. — escutamos a voz da minha mãe que entrou no quarto com uma caixa em mãos. — Atrapalho? 

— Não. — sorrio, a olhando. — O que é isso?

— Bom, como seus irmãos e primos foram ajudar o John B, e eu percebi que ficou triste. Eu decidi trazer para casa o meu dever. 

— Que dever, mãe? 

— Você disse que um dos homens falaram que a Anelise Beckham estava guardando o seu lugar no céu, correto? — perguntou, e eu assenti. — Eu decidi pegar todos os arquivos no escritório da polícia com a autorização do Hobbs, que tinha o nome da Olivia Rommel e da Anelise. 

— Quem é Olivia? 

— Uma mulher que me fez muito mal. — respondeu. — Eu acho que a Anelise está viva. 

— Arya, ela morreu nos seus braços. — afirmou Brian. 

— A Mia também morreu nos seus, e tempos depois ela apareceu me ajudando a resgatar o Luke. Entede o que estou falando? 

— Entendo. — disse. — Por onde começamos?

— Pelo começo. 

Minha mãe deixou a caixa em cima da minha escrivaninha, e colocou todos os papéis ao lado. Olhei para Brian que ergueu as sobrancelhas e respirou fundo se levantou indo até a sua mulher, faço o mesmo me sentando na minha cadeira enquanto ambos ficavam de pé na minha frente que começaram a checar algumas coisas em papéis. 

— O que faremos agora pode ditar a regra do jogo. — fala minha mãe. — Preparados?

— Não. — respondo. — É sério. 

— Vai ficar preparada. — respondeu meu pai. 

Começamos a procurar assuntos importantes nos papéis, pego uma pasta e coloco uma perna na cadeira começando a efetuar a leitura. Não era nada demais, deixo o conteúdo de lado e pego outro vendo meu pai se deitar na minha cama enquanto observava o papel na sua mão. Continuei a procura e prendo meu cabelo em um coque, prestando atenção em todos os conteúdos. 

ENTRE PESADELOS ; velozes e furiosos.Onde histórias criam vida. Descubra agora