018; Incriminado

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ZAYA TORETTO

O quarto de Rachel era como o de uma patricinha mimada pelos pais, Brian e Arya faziam de tudo para mostrar aos meus irmãos o amor que sentiam por eles, afinal, eles sofreram demais com os laços biológicos. Minha irmã digitava rapidamente nas teclas do notebook enquanto seus olhos estavam fixados na tela.

 — Desde que o Anthony me contou do plano dele de roubar o ouro do Denmark, eu decidi pesquisar mais sobre ele. — começou minha irmã. — Eu descobri que ele era um cara muito foda, porque com o dinheiro do Royal Merchant, ele pagou a própria liberdade, e depois disso, comprou uma fazenda. — mostrou uma foto na tela do notebook. — Só precisamos saber onde é esse lugar, porque provavelmente o lugar esconde o ouro.

— Você pesquisou isso tudo sozinha? — pergunto. 

— Por que? Achou que eu não seria capaz de...

Um barulho na casa a interrompeu, o que nos assustou porque estávamos sozinhos. Meu irmão se levantou e foi até a porta olhando para o corredor, era inacreditável a forma que ele estava disposto a nos proteger

— Fiquem aqui. — mandou. — Vou dar uma olhada.

— Eu vou com você. — fala Rachel. — Zaya, você liga para a nossa mãe.

— Tá. — peguei meu celular. — Tomem cuidado.

Eles saíram do quarto, liguei para minha mãe que demorou a atender.

— Mãe, tem alguém aqui dentro. O Henry e a Rachel foram ver quem era. — falei.

Mande eles entrarem dentro do quarto e trancarem a porta, estamos chegando.

Pode deixar.

Deligo a ligação deixando meu celular em cima da cama de Rachel e desço as escadas, e vejo meus irmãos se aproximarem de mim, suspiro aliviada e Henry colocou a pistola que provavelmente pegou no escritório do nosso pai na cintura.

— A mãe está mandando a gente subir, ela está chegando.

— Tá, vamos...

O barulho que dessa vez foi feito na cozinha, voltou a ecoar pela casa nos interromper, sinto o desespero me preencher e olhei para meus irmãos que pareciam tão tensos como eu. Respiro fundo e fico um pouco na frente deles, porque se fosse preciso, eu iria me sacrificar para deixar ambos vivos.

— Esperamos eles lá fora. — disse Henry. — Vamos, vai ficar tudo bem. — me puxou pelo braço cautelosamente.

Quando abrimos a porta, um homem parado na frente da entrada, fez com que gritos desesperados saíssem das nossas bocas. Empurrei a madeira com força e o pé dele que foi colocado no vão que estava me barrou de realizar a ação.

— Subam agora! — gritei.

Eles subiram as escadas, e a porta foi empurrada com força me fazendo cair. Olhei para cima e meu irmão que estava na escada que jogou a arma para mim, agarrei o revólver com firmeza e atirei três vezes no peito do rapaz, que caiu em cima de mim, empurro seu corpo para o lado e respiro fundo, me levantando, mirei na pessoa atrás de mim, quando tentei atirar percebo que a arma estava sem a munição.

ENTRE PESADELOS ; velozes e furiosos.Onde histórias criam vida. Descubra agora