019; O verdadeiro culpado

124 11 41
                                    

ZAYA TORETTO

Abro meus olhos, e respiro fundo vendo o teto que preenchia a minha visão, estava na minha casa, e provavelmente não estava sozinha, me sentei na minha cama e sinto uma mão ir de encontro ao meu braço na tentativa de me ajudar, me soltei e olho para a pessoa deixando cada lágrima cair de meus olhos, esperava que tudo aquilo fosse um maldito pesadelo, mas não era, as minhas mãos continuavam cheias de sangue, e os olhares preocupados da minha família denunciavam tudo.              

— Cadê o pessoal? — me refiro aos jovens, que não estavam presentes. 

— Pensamos que você pode nos dar a resposta. — respondeu Eduarda. — Cadê o meu filho? Aquele lance de Pogue para sempre vai destruir ele. 

— Quanto tempo eu dormi? — pergunto novamente. 

— Duas horas. — fala meu pai. 

— Meu Deus... O John B. — tento me levantar, e sinto meu corpo se esmorecer, e ao mesmo tempo Deckard segura minha estrutura corporal me mantendo de pé. 

— Ele matou o Ninguém. 

O meu mundo caiu naquele momento, empurrei Deckard para o lado e me afastei deles indo até a porta, tento abri-la mas estava trancada, respirei fundo olhando para o pessoal dentro do quarto e deixo as lágrimas caírem. 

— Ele não matou o Ninguém. — afirmo. — Quem fez isso foi o Rafe, filho do Jakob... 

— Ele te trouxe aqui, e te defendeu daquele assassino. — Brian me interrompeu. 

— O John B não é um assassino. — digo. — O meu namorado foi vítima de uma armadilha feita pela Sandstorm, o Rafe matou o Ninguém, e o Jakob está colocando ele como principal suspeito. 

— Ah, é? — ele pegou um papel e jogou na minha direção. — Isso aqui é mentira? 

Pego o papel e vejo a foto de John B, e o grande escrito no superior da folha: "PROCURADO", deixei minhas lágrimas caírem e olhei para o meu pai que respira fundo passando a mão no rosto. 

— Ele é filho do Braga, o líder do quartel do México que eu ajudei a prender, acha que ele se aproximou de você atoa? Ele planejou tudo, ele quer destruir essa família. — meu pai diz, se aproximando. — Acha que ele te ama? Acha que impressionou o rapaz? 

— Pai, ele me ama. 

— Brian, chega. — minha mãe interviu. — Meu amor, se você souber de qualquer coisa, pode nos ajudar a encontrar o John B.

— Eu não sei onde ele está. — falei. — Eu posso explicar a minha versão? — pergunto. 

— Pode. — disse Hobbs. 

— O Ninguém pediu para conversar comigo, e eu fui. Ele falou que ia me proteger porque achava que a Sandstorm podia fazer algo conosco, estava em um passeio com os Pogues quando o Jakob apareceu... — respirei fundo, deixando um soluço escapar de meus lábios. — O Ninguém chegou logo em seguida, e prendeu ele... Só que o Rafe atirou nele... — minhas lágrimas caem. — Mãe, eu juro. — vou até ela que me abraça. — O John B não matou ninguém, eu imploro, acredita em mim, mãe. 

— Vai ficar tudo bem, meu amor. — ela acaricia meu cabelo. — Eu acredito em você, vai ficar tudo bem. 

JOHN B

ENTRE PESADELOS ; velozes e furiosos.Onde histórias criam vida. Descubra agora