025; Pena de morte

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ZAYA TORETTO

A única certeza que eu tinha era que não quero ver a minha família tão cedo e nem ter contato com eles depois de tudo o que fizeram com meu namorado, que no momento se encontrava sentado no banco dos réus com um defensor público do seu lado e milhares de olhares de nojo e raiva caindo sobre si. Meu lugar era em um cantinho do banco atrás dele, quando o mesmo me olhou eu tive de me segurar para não chorar porque queria me demonstrar forte a sua frente, não me segurei e me apoiei na madeira que nos separava e selei nossos lábios em um beijo suave acariciando seu rosto.

Mas fomos separados por alguns policiais, e quando meu pai foi intervir para me defender, não o respondi, deixei-o falando sozinho como fiz todos esses dias com os meus demais familiares. Eu só conversava com os Pogues, e tinha total proteção dele e vice-versa, éramos um grupo forte e unido, e o meu encontro com eles foi muito incrível e emocionante, choramos juntos e contei tudo o que aconteceu, e quando tive a notícia do julgamento de John B me desesperei, mas a minha família estava lá para me apoiar e me dar força.

- John Braga Routledge, de acordo com a seção 14 da legislação da cidade de Los Angeles, o senhor é réu de um homicídio doloso em circustâncias agravantes. Sua sentença máxima é a pena de morte.

O meu mundo caiu naquele momento quando a juíza finalizou o seu argumento, minhas lágrimas começaram a cair, enquanto Tyler argumentava sobre o fato de John B ser menor, todos se levantaram e saíram de lá, restando somente os adultos e jovens da família Toretto.

- John B... - tentei me aproximar. - John B!

Ele era levado por um guarda, e fui interrompida por outro rapaz que segurou meu braço, Kiara logo se aproximou de mim e me puxou com cautela mandando o rapaz me soltar. Caminhei para fora e vejo as inúmeras pessoas me encarando como faziam com toda a minha família.

- A justiça foi feita. - uma mulher comentou.

- Ele mereceu. - diz um rapaz.

Olhei para Hobbs que tinha os braços cruzados na altura do peito e me encarava também, desci as escadas do tribunal e levei as mãos a cabeça deixando as lágrimas caírem. Henry abraçou meu ombro e eu agradecia todos os dias por ter a força do meu irmão comigo, mesmo que ele não seja filho biológico, ele tinha todas as qualidades de Arya e Brian.

Beijei sua mão e me afasto olhando para o lado vendo Hobbs de braços cruzados me encarando seriamente ao lado de Deckard que me olhava do mesmo jeito, neguei com a cabeça denunciando como estava decepcionada com as atitudes de ambos e continuei caminhando com o meu pessoal.

- Isso é uma piada? Por acaso estamos no inferno? - perguntou Meadow.

- Isso é tudo minha culpa. - afirmo.

- Vão matá-lo, gente. - diz Tyler.

- Sabemos disso. - respondo. - Vão matar um menino inocente.

- Sinto muito pelo que sua família passou, pelo menos o sistema funciona. - ouvimos um homem comentar, olhamos para trás e vimos um rapaz falando com Jakob, nas semanas que se passaram o vilão da nossa história conseguiu um cargo importante, e contudo, é respeitado, ao contrário de John B que é rebaixado por sua classe social.

- Dá para você calar a boca? É claro que você acha que o sistema funciona, porque ele foi feito para proteger você, e pessoas como você. - afrontou Kiara, me fazendo sorrir. Ela é igual a mãe, defende o que acredita e protege quem ama.

ENTRE PESADELOS ; velozes e furiosos.Onde histórias criam vida. Descubra agora