CAPÍTULO XL

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- Esse lugar é tão lindo...

- Gostou ?

- Sim, é muito lindo mesmo. - digo sentindo o vento bater em meus cabelos.

- Eu e meus pais vinham aqui quando eu era pequeno. Aqui era a casa dos meus avós. Adorava pescar com meu pai e meu avô.

- E você pescava bem ?

- Claro. Tudo que eu faço... Faço bem. - Audrey diz com os olhos fixados nos meus e passando a língua nos lábios.

Vai ser difícil ficar aqui com ele sem querer trepar com ele. Apesar desses sentimentos que tenho pelo o Alessandro eu sinto uma atração indescritível por Audrey. E ele sabe e fica me provocando. Miseravelmente gostoso.

- Vamos entrar ?

- Oi ?

- Vamos entrar...

- Ah sim... Kkkk... Vamos.

Entramos na casa. Audrey foi colocar nossas malas nos quartos. Ele até quis que dormissemos juntos. Mas óbvio que não aceitei. Ia me entregar de bandeja pra ele, não iria resistir.

Eu fiquei de fazer algo para comermos. Sorte a nossa que trouxemos bastante alimentos. Pois na dispensa não tinha nada. E aqui não tem mercado perto.

Em alguns minutos fiz um macarrão com queijo e presunto. Bem rapidinho.

Conversamos durante a refeição. E fomos assistir um filme.

- Já Assistiu 365 dias o novo ?

- Ainda não. Faz tempo que não paro pra assistir um filme.

- Bom temos muitas horas só pra nós. - Ele me dá um sorriso safado. - Eu gosto de ficar com você Maite. - Diz alisando minha bochecha. Devo estar toda corada agora.

- Eu também. Eu tô triste por ... Aquilo ... Mas não tá me afetando totalmente sabe ? Você é uma ótima companhia.

- Sei. E se depender de mim esse final de semana só vai ser nós dois. E mais ninguém..

Nossos rostos estão quase colocados. Ele está olhando pra minha boca e eu sei que ele quer me beijar.

Disfarço e dou um meio sorriso. - O filme já começou...

E puta merda. O filme já começa com uma cena de sexo.
Puta que pariu !!

Audrey olha para a TV. E depois olha pra mim. E dá uma gargalhada.

- Tá tensa assim por quê ? Nunca viu alguém transar?

Reviro os olhos e jogo uma almofada nele. - Idiota.

Tenho que me conformar né. O filme do vai ter cena de sexo.

No meio do filme acontece uma cena. A mesma coisa que aconteceu comigo. A mulher recém casada pega o marido no flagra com a corretora de imóveis.

Sinto uma puta vontade de chorar e Audrey percebe e me abraça.
Ficamos ali alguns minutos abraçados em silêncio.

- Eu sei que você tá se esforçando pra não me fazer lembrar daquela merda toda. E eu aqui chorando por aquele babaca.

- Ei amor... Não se martirizando não.

Respiro fundo.

- Vai tomar um banho que vou pedir uma pizza. Da sua favorita.

- Como você sabe o meu sabor favorito ?

- Dois queijos. Você revira os olhos quando está comendo esse sabor.

- Kkkkk não gosto que me vejam comer.

- Eu amo ver você comer.

- Hum.

- É sexy.

- É... Eu vou tomar banho.. tá. - digo me levantando do sofá.

- Kkkk tá vai lá.

Subo quase correndo até meu quarto.
E pego uma roupa fresca. Um vestido fino pra dormir. E uma calcinha de renda branca.

E vou para o banheiro. Ligo o chuveiro quente para relaxar essa tensão que estou sentindo.

Procuro o sabonete mas não acho no banheiro.
Saio e vou até as minhas coisas e também não acho.

- Esqueci de trazer o meu. Parabéns pra você Maite.

Porra eu vou ter que descer pra procurar um na dispensa.

Ponho a minha toalha e desço até a dispensa. Acho uma barra e pego.
No caminho de volta para o meu quarto me bato com Audrey no pé da escada.

- E-eu v-vim pegar um sabonete. - digo estendendo rapidamente o sabonete para que ele veja.

- Esqueci de avisar que tinha acabado. - diz apagando o cigarro.

- É... E eu não trouxe o meu. Então vim pegar... De toalha né...

- Pode passear aqui... Assim... De toalha... - ele vem se aproximando de mim. - Ou sem... - diz bem mais pertinho que sinto seu hálito fresco de cigarro de menta. Que me deixa estigada.

- É-é... Eu não costumo andar pelada pela casa não.

- Aqui você pode amor... Eu gosto ...

- Audrey...

- Hum ?

Ele põe sua mão na minha cintura e me puxa para mais perto. Se eu não tivesse segurando a toalha ela teria caído.
E logo ele me dá um leve aperto em minha cintura. Que me deixa mole. Mas consigo ter forças no joelho o suficiente pra me manter de pé.

- Eu vejo cada centímetro do seu corpo quando ele reage a mim. Eu observo tudo. Sua respiração... Os arrepios... Tudo Maite... Eu sei que você me quer tanto quanto eu quero você ! E não tem mais nada nos impedindo... - ele diz em uma voz rouca e calma. Doce e sexy.

- Eu ... - eu tento falar mas nada sai. Sinto meu corpo pulsar. Igual uma caixa de som com muito grave.
Que porra eu sinto por ele ? É algo. Tão...

Ele aproxima sua cabeça no meu cangote. Sua respiração me faz arrepiar toda. E ficar molhada automaticamente. E beija meu ombro em seguida.

- Vou deixar você tomar banho... - diz se afastando de mim, me dando as costas. Como se eu fosse um lixo. É ! Eu me senti assim. Um lixo usado e jogado fora.

Num impulso puxo ele pela sua camisa e o beijo. Um beijo devastador, cheio de desejos.
Ele me empurra contra a parede e deixo o sabonete cair no chão. Minha toalha não fica mais no meu corpo. Pois Audrey fez questão de tirar.

Eu quero tanto dar pra ele. Eu preciso saciar esse desejo de dentro de mim.
E ele parece sentir o mesmo.
Suas mãos passeia em minha bunda. E ele vai apertando com força. Me beijando, e alternando entre minha boca, pescoço e orelha.

Meu corpo está todo arrepiado com seus toques. Ele desce sua mão até minha intimidade e começa a fazer movimentos giratórios em meu ponto sensível.

Ele vem fazendo trilhas de beijos até meus seios. E os suga numa vontade imensa. Me fazendo gemer. Logo ele penetra dois de seus dedos na minha vagina.

Quando estou perto de ter um orgasmo só com esses dedos maravilhosos a campainha toca. E escutamos umas zuada de buzina de moto.

- É a pizza. - digo ofegante.

- Essas campainhas... Sempre elas nos atrapalhando... - ele diz entre selinhos.

- É.. kkk...

- Tá com fome amor ? - ele diz tirando seus dedos de dentro de mim. Mas não se afasta.

- Sim... Vai pegar a pizza... - digo pegando minha toalha no meu pé.

- Tá. - ele diz. Parecendo um pouco zangado.

Respiro fundo tentando me acalmar. Pego o sabonete do chão e subo correndo as escadas até chegar em meu quarto.

- Que porra eu fiz meu Deus ?

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