Viena: O recomeço do fim

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"É que finais felizes só existem em contos de fadas"

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"É que finais felizes só existem em contos de fadas". Talvez seja. Mas eu quero acreditar que possa existir na realidade também. Porque ele está aqui.

Dizem que aquilo que é pra ser seu, independente das circunstâncias, será. Com muito impacto e grandeza. Principalmente com muita força. Quando é pra ser seu, não existe dúvidas. O universo, o mundo, as pessoas, tudo se move ao seu favor, mesmo que fuja disso com muita determinação. De alguma forma incrível e inacreditável, a vida da um jeitinho de colocar no teu caminho. Tudo volta pra você, até coisas que se perderam durante a vida.

Honestamente, nunca pensei que voltaria. Mas sua volta trouxe consigo tanta reciprocidade e saudade junto que até me fez acreditar que todo o meu sofrimento na sua ausência foi em vão. Foi preciso um tempo longe para perceber aonde errou. Disse hoje tantas vezes que é apaixonado por mim, que gosta muito de mim, que fiquei preocupada. O medo ainda está presente. Não sei se devo acreditar em todas as promessas feitas durante um surto de saudade.

Mas, e se não for só um surto de saudades? Um recomeço parece uma oferta de paz e eu sempre apreciei a paz.

Girassol me chama para ir com ela buscar café, enquanto o médico conversa com Cain. Alessio resolve nos acompanhar e não posso impedir sua presença já que Girassol parece gostar bastante dele, o que realmente me choca. Mas é só observar a relação dos dois que rapidamente percebo que ele só é estúpido com quem não gosta.

— Agora que estou comendo por dois, tudo parece mais gostoso. Inacreditável que até uma pedra me desperta desejo. — diz, olhando para a vitrina da cafeteria em que as as tortas estão. — São tantos sabores!

— Por favor, não seja uma dessas pessoas que usam a gravidez como desculpa para comer de tudo. Você já comia como uma ogra antes mesmo de casar com o Cain. — Alessio rebate, arrancando uma risada de mim. Ele me olha, surpreso. — Você pode sorrir, afinal.

Girassol o acerta com uma cotovela.

— É claro que ela pode! Se não tivesse sido tão idiota, teria descoberto antes. — retruca ao me olhar. Semicerra os olhos e me analisa demoradamente, deixando-me desconfortável. Cruza os braços sobre o peito, e morde o lábio inferior. — Então... você realmente vai aceitar o Arsen de volta?

— Você fala como se ele fosse algo descartável. — Alessio comenta. — Ele é uma pessoa.

Girassol revira os olhos.

— Sério!? Não me diga! Eu sei disso, seu idiota. Mas mesmo assim tenho que perguntar pra ver se ela tem certeza disso. Não deve tomar nenhuma decisão precipitada no meio dessa situação para não se arrepender depois.

— Não estou aceitando-o de volta, estou dando-o uma chance de fazer diferente.

— E não é a mesma coisa? — indaga, retórica. Não dá pra discordar, afinal, realmente não tem diferença. Dou de ombros, sem saber exatamente o que responder, e ela sorri, compreensiva. — Vou te dar um conselho. Se aceitou começar do zero, então faça isso direito, esqueça o passado e tudo o que aconteceu. Não ouse usar o que o Arsen fez ou deixou de fazer como munição. O que passou, passou. E não se esqueça nunca que não dá pra amar por dois.

Um contrato com Viena. - 2Onde histórias criam vida. Descubra agora