Viena: Insultos.

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Ninguém entende como travo quando alguém está gritando comigo

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Ninguém entende como travo quando alguém está gritando comigo. Normalmente, eu preciso me defender e reagir. Mas simplesmente não consigo. É como se todo o passado retornasse e eu me encontrasse no canto do quarto agarrada a minha mãe enquanto meu padrasto nos ameaça. Ouço os grito dele, vejo de escanteio a faca ou qualquer outro objeto que usa para nos ameaçar. Meu corpo treme e eu quero chorar, mas não há lágrimas. Nada cai e meu desespero parece falso.

Alessio está furioso, e sua raiva é descontada em mim, me xinga e ousa me empurrar. Ele não tem medo de que eu possa revidar ou de que alguém me ajude. Ele só pensa em extravasar sua fúria sobre mim.

— Eu avisei pra ficar longe dele! — grita ao erguer a mão na menção de me acertar. Aperto os olhos e temerosa espero, mas o inesperado acontece, ouço a voz de Arsen. Instantaneamente respiro, aliviada.

Não ouse tocar nela.

Há uma ameaça imperceptível no seu tom. Arsen consegue ser intimidador sem muito esforço. Naturalmente seu jeito de nos olhar e falar já nos intimida. Ele empurra o braço do irmão para longe, passando a me segurar pelos ombros, examinando cada parte do meu corpo. Verifica se estou machucada. Não há atuação, a preocupação é sincera e talvez ele nem saiba o que está fazendo.

— Ele machucou você? — sua pergunta ignora as pessoas que nos observam. Balbucio um "não", que o faz me fitar, seriamente irritado. — Você é burra? Por que permite que as pessoas tirem vantagem de você?

Minha resposta está na ponta da língua, mas não ousa sair, não tenho coragem o suficiente para tal reação. Somos interrompidos por Alessio, que solta uma alta e escandalosa gargalhada. Seus olhos lacrimejam, e há uma raiva descomunal por trás deles.

— Vocês estão mesmo juntos? — encara o irmão fixamente. — Você casou com ela? Você realmente casou com ela?

A demora em sua resposta me leva a especular que ele também está se fazendo essa mesma pergunta. Acho que... nós dois estamos. Ainda é recente demais para cairmos na real e nos darmos conta da encrenca em que nos metemos. Levará um tempo para que isso aconteça.

— Sim, eu casei. Se você ousar desrespeita-la assim novamente, haverá consequências. Não pense que pegarei leve. Ela é minha esposa, então é melhor respeitá-la!

A autoridade na sua voz causa uma tensão entre nós. Posso sentir o ódio que flui naturalmente dos olhos de Alessio, não por Arsen brigar com ele, mas por ele está me defendendo, apesar da possibilidade de colocar a relação deles em risco.

— Ela fez uma lavagem cerebral em você. — constata, como se tivesse chocado. Inconsequentemente, Arsen rodeia minha cintura e me puxa para mais perto, ostentando um sorriso maroto nos lábios.

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