Viena: Minha esposa.

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Nunca fui uma garota gananciosa

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Nunca fui uma garota gananciosa. Mas há certas coisas na vida que a gente deseja, sonha e precisa. Como um guarda-roupa recheado de grife. É inevitável. Toda mulher gosta de estar bem vestida, principalmente quando se trata de sapatos. Sinceramente, na minha humilde opinião, o sapato é essencial. Ele te leva à lugares. Ele é seu companheiro, amigo fiel. Para nós mulheres, sapatos são mais necessários que homens.

Então, imagine minha felicidade ao ter vários pares, das marcas mais famosas e caras, sendo oferecidas para mim. Arsen não economizou, ou brincou quando disse que renovaria meu guarda-roupa. Por mais que eu esteja feliz, de certa forma, me sinto desconfortável. Ou pelos tento sustentar a dignidade.

A mulher que se apresentou pelo nome ''Naz", uma turca de longos cabelos negros e corpo esbelto, me oferece várias sugestões. Os vestidos luxuosos são extravagantes, mas extremamente lindos.

— O que acha desse par? Pode usar com qualquer vestido de qualquer cor. É básico. — informa, sem largar o celular. Digita freneticamente, sem nem precisar olhar a tela, parece automático. — Temos que ver o que faremos com o seu cabelo. Um corte? Já pensou em mudar a cor? Fazer umas luzes ou clarear?

Naturalmente deslizo os dedos sobre alguns fios. Meu cabelo é castanho escuro, liso e longo. Gosto dele. Não penso em mudar. A praticidade é o que o mantém intocável.

— Não. Não mudarei meu cabelo. Também não mudarei meu guarda-roupa. — afirmo, impaciente com toda a atenção exagerada.

Estamos em um quarto que, segundo Naz, fora arrumado exclusivamente para mim. O lugar é espetacular, a visão esplêndida, a decoração meio monótona mas atraente, confortável. Dizem que podemos conhecer alguém através da sua casa, se isso for verdade, Arsen Vacchia é um enigma.

Naz gesticula para as duas moças - que nos auxiliar com os vestidos - nos deixarem sozinhas. Ela senta ao meu lado, no espaço vazio da cama.

— Você não conhece o Arsen muito bem, não é? — indaga repentinamente, me pegando desprevenida. Sorri, compreensiva com meu choque. — Está tudo bem. Trabalho com ele há muitos anos, o conheço bem, e também acompanho às notícias. É meu trabalho estar a par de tudo, por isso sei que esse casamento não é de verdade.

— Você sabe...?

Afirma com a cabeça.

— Por via das dúvidas, não sei de nada. Se Arsen quer que ninguém saiba, ninguém saberá. — Naz olha para um dos pares de salto alto, respirando pesadamente. — Escolha algo, ou não poderei ir pra casa hoje. E eu quero ir pra casa.

— Minha vida será assim agora? — questiono pra mim mesma, sentindo uma fagulha de arrependimento. — Ter a vida controlada por um homem é triste.

Sinto sua mão pousar sobre a minha de forma amigável.

— Arsen não é controlador, ele é cuidadoso. Acredite em mim, você irá querer estar bem vestida quando for apresentada ao mundo dele. Algumas pessoas só irão se importar com qual estilista te vestiu. — informa ao levantar e rumar a uma das moças, que a entrega um par de scarpin preto. A famosa sola vermelha me atrai. — Agora você é a primeira esposa de um plutocrata. Deve agir como tal.

Um contrato com Viena. - 2Onde histórias criam vida. Descubra agora