Viena: Estou aqui. Por você.

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Para algumas pessoas, o fim do mundo, não é algo, mas alguém

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Para algumas pessoas, o fim do mundo, não é algo, mas alguém.

Ninguém é forte quando perde quem ama.

Combinamos que não deveria ser amor. Que não deveria passar de uma amizade e um contrato. Escapou ali, quando me vi desesperada a procura dele ao descobrir a morte de August Vacchia. Talvez isso tenha sido a inércia da paixão, ou apenas me peguei pensando em como ele se sentiria solitário. Nosso começo, para o início de tudo, foi totalmente errado e contra o destino. Trilhamos o nosso próprio destino. Para ser mais exata, o assinamos. Aonde tudo realmente começou? Agimos como dois apaixonados quando éramos dois estranhos. Fizemos promessas e dissemos que estaríamos um ao lado do outro. Coisas de casais apaixonados. Mas amigos também fazem isso, certo?

Eu prometi que não me apaixonaria por ele, mas o fato de eu me sentir tão preocupada e desesperada para encontrá-lo, quebra minha promessa. Já não posso mantê-la e preciso pedir perdão por isso. Tenho que dizê-lo que guardar esses sentimentos pra mim é sufocante e não consigo mais. Simplesmente não dá.

Eu ligo para o Tiago e peço que me diga algo sobre o Arsen, mas o mesmo - assim como à todos que liguei - não sabe aonde ele está. Seus funcionários estão chocados com as notícias, um alvoroço percorre os três edifícios.

Não preciso pensar muito sobre aonde ele está. Para onde uma pessoa desesperada vai? Ao único lugar onde possa encontrar um pouco de paz. Àquela roda gigante que dias atrás foi meu refúgio, com certeza está sendo o dele agora.

O lugar já está lotado de pessoas, e me pergunto como ele passou por elas sem chamar atenção, sem ter se tornado o centro das atenções. Compro vários bilhetes e espero ansiosamente para encontrá-lo. Não há ninguém ocupando os bancos na roda gigante, ela está completamente parada. Chamo o homem que a controla, o mesmo explica que ela foi alugada a alguém e que ninguém pode subir nela.

— Eu sei para quem foi alugada. —

Ele me analisa curiosamente, erguendo as sobrancelhas em sinal de dúvida.

— Você é a esposa dele?

Essa pergunta nunca fez tanto sentido como agora. Não imaginei que fosse chegar um dia que eu sentiria prazer em dizer que sim, que eu sou esposa de Arsen Vacchia.

— Sim, eu sou a esposa.

Naturalmente ele sorri.

— Ele me disse que você viria. Ele está esperando por você há um bom tempo.

Como resistir a isso? Como não me apaixonar quando ele me dá todos os motivos para que eu me apaixone. É culpa dele. Se ele temesse tanto que eu pudesse amá-lo, então deveria ter tido mais cuidado e continuado a me tratar com indiferença, afinal, nos apaixonamos por detalhes.

A roda gigante tornou a girar, e de banco em banco, o encontro. Está desolado, pela primeira vez, o vejo e não o reconheço. Não parece ter chorado, o olhar focado no nada, a pose permanece arrogante embora não soe superior à ninguém.

Um contrato com Viena. - 2Onde histórias criam vida. Descubra agora