Arsen: A boate.

1.2K 174 7
                                    

— Arsen Vacchia, o cara que nunca muda! — Axel exclama

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Arsen Vacchia, o cara que nunca muda! — Axel exclama.

Realmente, isso nunca acontecerá! E pra quê? Eu tenho uma vida segura, uma empresa estável, eu confio em mim, e somente isso é necessário. Tenho tudo o que preciso, e um pouco além. Algumas dores de cabeça desnecessárias... mas nada que eu não possa resolver.

São 35 anos vivendo assim, está na alma. Não que eu seja um desses caras que gostam de maltratar os outros, me sentir superior a eles, ou que leva pra cama tudo que se move. Eu assisti meus amigos da faculdade noivarem, casarem, construirem uma família. Fui em alguns dos casamentos, em outros, apenas pedi para Naz enviar um bom presente. Honestamente, eu só ia ao casamento por causa das damas de honras. Sem hipocrisia.

Quatro garotas dançam sensualmente na minha frente, mas não presto muita atenção em nenhuma, estou mais interessado em Lars, que está no bar principal da boate tentando inutilmente paquerar uma garota. Ele não é um cara feio ou estúpido, desses que só basta abrir a boca pra correr, não, não é. O problema do Lars é que ele passa tempo demais dentro de um tribunal e esquece que nem tudo gira em torno das leis. Qualquer deslize e ele começa a citar cada lei, assustando as pessoas.

Esboço uma careta, incomodado com a batida eletrônica. Passo os olhos ao redor, procurando por Alessio. Axel está ao meu lado, irmã de Lars. É uma das melhores garotas que tive o prazer de conhecer, totalmente apaixonada por Alessio, ela me segue sempre que decido levá-lo a algum lugar, embora esteja noiva. Não posso julgá-la por casar com um amando outro. Isso é mais comum do que possamos imaginar.

— Está vendo o Alessio em algum lugar? — pergunto a ela, que inclina a cabeça para procurá-lo em meio ao tumulto.

— Ele deve está lá fora! — grita entre a batida eletrônica. Dá de ombros, fingindo desinteresse. — Não se preocupe. Ele já é adulto, sabe se virar.

Ambos sabemos que é mentira. Alessio é tudo, menos adulto.

Audição apurada é um dos dons mais agonizantes que possuo, porque mesmo com o barulho alto da música, pessoas conversando, risadas, beijos, tudo a qual posso escutar, a voz de Alessio sendo agredido me chama atenção. A roda de pessoas que se forma na parte de baixo da festa me faz pensar no motivo por trás da possível confusão da qual ele se meteu. Mais uma vez.

Faz apenas dois dias que saiu da prisão!

— Alessio se meteu em encrenca, eu já volto. — entrego a cerveja a Axel e dou às costas a loira que insiste em tentar impedir minha saída.

"Onde foi que esse infeliz se meteu?" — penso, ainda o procurando. Desço a escada da área VIP, vendo a movimentação intensa numa parte da festa.

Sigo até lá, me enfiando entre as pessoas, chegando ao centro. Alessio está discutindo com uma garota, a mesma está de costas, os dois gritam palavrões, se xingam e chegam a fazer menção de avançar para uma briga física. Uma mulher a segura pelo braço, e posso enxergar o brilho nos olhos do meu irmão, uma raiva que nunca vi. Ela o afeta de uma maneira que o mesmo desconhece. Isso é surpreendentemente assustador.

Um contrato com Viena. - 2Onde histórias criam vida. Descubra agora