Viena: A roda que não gira.

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É um segredo que levo e guardo comigo que, quando fui difamada pela mídia por ser interesseira e me envolver com o Alessio, essa não foi a primeira vez

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É um segredo que levo e guardo comigo que, quando fui difamada pela mídia por ser interesseira e me envolver com o Alessio, essa não foi a primeira vez. Eu já passei por essa experiência quando namorei com o meu primeiro namorado. É claro, não repercutiu de maneira tão importante e trágica, mas doeu da mesma maneira. As humilhações pelas quais vivenciei... Prometi a mim mesma que jamais passaria de novo.

Estou saindo da joalheria com Kalil quando sou abordada por um grupo de repórteres. Suas perguntas são explícitas mas não entendo a razão delas. Sou atacada de muitas formas e Kalil tenta me tirar do meio deles, me guia para o seu carro e dá partida. Ainda estamos em choque e eu, obviamente, tento processar o que está acontecendo. Sei que algo catastrófico me espera, e isso é assustador porque quando acho que tudo ficará bem, algo acontece e retorno a estaca zero.

Esse fundo do poço parece não ter saída.

Oi? Sim... Estou com ela.

Olho para o lado. Kalil está falando com alguém no celular. Soa sério e preocupado. Ele está sempre sorrindo e fazendo comentários sarcásticos... É diferente vê-lo sério.

Farei isso.

— O que fará? — o questiono quando guarda o celular no bolso do terno. Semicerro os olhos ao notar sua hesitação em responder. — Quem era, Kalil?

Me fita durante um tempo, aparentemente relutante.

— Naz. Arsen quer que eu te leve para casa.

— Por que?

Sua relutância em me responder só desperta preocupação e desconfiança. Estou vivendo em uma tempestade em alto mar onde qualquer ventania pode me afogar.

— Pelo o que eu entendi... há um rumor na internet. Estão dizendo que Arsen está tendo um caso com a May. Foram vistos juntos ontem a noite e isso está tendo uma grande repercussão. — conta. Meu coração falha batidas. Não estou surpresa. Honestamente, eu já desconfiava disso ao vê-lo chegar tão tarde ontem. Por isso, não é bem decepção que me preenche. É medo. Medo de que seja verdade. 

— Você... pode me deixar aqui. Eu me viro.

— Não! Se alguém te reconhecer... Irão te atacar. Esses repórteres são piores que urubus atrás de carniça.

Suspiro fundo, mantendo a calma.

— Sei me cuidar.

Kalil acredita nas minhas palavras, e apesar de discordar, não me impede de sair. Não tenho muitas opções de lugares para ir, penso em ir até Bruna mas não quero ouvir o que ela - provavelmente - tem para me falar. Não estou no clima para ouvir todas as razões óbvias por eu estar passando por isso. Ando pela rua e rapidamente sou reconhecida. As pessoas me olham e cochicham, algumas riem e outras ousam bater fotos e filmar videos. Embora eu esteja de cabeça baixa e andando rápido, isso não diminui a atenção. Percebo que não posso ficar entre tantas pessoas. É cedo, não há muito o que fazer e não conheço nada em Santa Mônica, por essa razão minha única fuga é o lugar em que mais me fará pensar no Arsen. O parque. Há tanta gente. O sol radiante, o calor intenso, a brisa fresca... Deveria ser um belo dia. Mas não é.

Um contrato com Viena. - 2Onde histórias criam vida. Descubra agora