Viena: O que é o amor?

765 121 13
                                    

Seja qual for a definição do amor, é certo que a que estou sentindo agora é a mais pura e verdadeira que possa vim a existir um dia

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Seja qual for a definição do amor, é certo que a que estou sentindo agora é a mais pura e verdadeira que possa vim a existir um dia. Quando estamos apaixonados por uma pessoa, os seus defeitos e erros se tornam invisíveis, por isso sabemos que não é amor. Quando é amor, tudo é nítido, e amamos isso. Amamos até os defeitos dessa pessoa. É como meu amor pelo Arsen. Essas pequenas atitudes, o transforma. Ninguém nunca havia se importado tanto com meus sentimentos e pesadelos como ele. Nem mesmo a minha família tomou a iniciativa de me ajudar com meus demônios. Nem por um segundo demonstra estar arrependido por todas as decisões precipitadas que nos trouxeram aqui.

Assistimos as lanternas sobrevoarem o mar, causando um fragmento de iluminação nessa vasta escuridão. É uma faísca entre a noite fresca. Ele me abraça por trás e me cobre com seu corpo, pousando o queixo em meu ombro, descansando a cabeça. Sua respiração bate contra meu rosto, causando leves arrepios. Ouço-a perfeitamente, calma e despreocupada.

— Devemos ir para casa?

Me abraça com mais intensidade.

— Vamos ficar mais um pouquinho.

Seu pedido é uma ordem. Por mais que eu esteja cansada, esse momento é especial demais para abrir mão tão facilmente. Por alguma razão, tenho a sensação de que devo apreciar cada segundo ao seu lado.

— Sabe.. Os dias foram cruéis. Estou feliz que esteja aqui. — confesso entre uma lufada de ar. Viro o rosto para olhá-lo. Arsen está vidrado nas lanternas, que lentamente alcançam uma distância maior. — Estamos fazendo a coisa certa, não é? Sobre... ficarmos juntos.

Ele me fita por alguns segundos. Ele não tem certeza da gente. Arsen está tão confuso quanto eu, e é compreensivo. Estamos dando um passo enorme, talvez maior do que poderíamos.

— Não deveria ser errado duas pessoas que se gostam ficarem juntas... Então acho que sim. Estamos fazendo a coisa certa. — ergue o polegar até meu queixo, acariciando-o carinhosamente. O olhar amoroso, recheado de sentimentos. — Eu nunca vou esquecer o que fez por mim. Mesmo que passe uma década, ainda me lembrarei.

O peito aperta.

— Não gosto quando sempre age como se fosse uma despedida...

Sorri e me beija.

— Sempre é uma despedida, Viena.

Quando somos crianças, temos sonhos, vontades... É natural querermos ter algo apenas para nós. Embora eu sempre tenha sido uma criança que dividia tudo, eu também era muito egoísta. Eu queria ter tudo só pra mim. Principalmente as pessoas. E quando crescemos descobrimos que não é tão divertido termos tudo, se nada é real.

Arsen e eu passamos essa noite juntos, sentados na areia da praia, ouvindo o som das ondas se chocando com a areia úmida. Estamos - mais uma vez - no nosso mundinho, conectados de uma forma que jamais alguém vai entender algum dia. Voltamos para casa e nos amamos. Ele me beija como se fosse a última vez, e eu o beijo como se fosse a primeira. Nossos toques se intensificam a cada movimento de nossos corpos. Por hoje, eu quero me sentir totalmente dele. E quero que ele seja meu. Me deita de costas na cama e tira minhas roupas, peça por peça, sem pressa. A suavidade dos seus dedos percorrem minha pele e me causa eletricidade. Ascende o fogo que há em mim. Beija minha barriga, e suspira entre meus seios aos alcançá-los. Leva a mão direita à minha nuca, trazendo-me para mais perto. Nossos olhos se encontram, há luxúria em ambos, há desejo. Quando Arsen torna a me beijar, perco todo o restante de controle que - um dia - tive.

Um contrato com Viena. - 2Onde histórias criam vida. Descubra agora