P R Ó L O G O

99K 7.7K 2.5K
                                    

   Dizer que éramos como fogo e gasolina seria clichê demais, até porque um dia a gasolina acaba ou algo explode, ninguém vê após as cinzas

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Dizer que éramos como fogo e gasolina seria clichê demais, até porque um dia a gasolina acaba ou algo explode, ninguém vê após as cinzas.
Então prefiro contar de uma maneira peculiar.
Eu e ele? Improváveis, inabaláveis ou imperfeitos, chamem do que quiser, prefiro o termo: Inesquecíveis.
Li milhares de livros onde existe uma garota, cuja aparência igual a minha, se apaixonando por garotos parecidos com ele, e todos possuíam o mesmo final. Ela o mudava e então eram felizes para sempre.
Sério?

Eu não poderia mudá-lo, porque somos cúmplices dos nossos crimes.
Mas aprendi o que é a intensidade da vida real, ou da vida que plantamos. Éramos duas chamas inapagáveis, não era necessário gasolina, porque somos o nosso próprio combustível.
Um fogo inflamável por si só, capaz de causar destruições por onde passa, ao ponto de não sobrar cinzas. O problema? Nunca para e eu não quero que pare.

As vezes, me pergunto se o céu teria um local onde pudesse guardar todos os nossos pecados.
Se possui um lugar onde aqueles que em vez de pintarem uma tela com tinta para um museu abandonado de amor, pintaram com sangue humano para galerias de paixões imperdoáveis.
A arte das estrelas estão lá apenas para encobrir os pesadelos intermináveis - escondidos - por trás de uma galáxia movida por temor.
Talvez o único fim para esses artistas seja o inferno.

Seres humanos possuem milhares de imperfeições, as quais recebem tentativas constantes de mudanças por outros humanos, apenas para seguir para o mesmo caminho de todos os outros.
Caminho de todos os outros. A história se repete. Sem exceção.
Mas e se existisse uma?
E se dessa vez, a garota não só se apaixonasse pelo vilão, mas não quisesse mudá-lo.
E se ela se juntasse a ele? E se um dia fosse capaz de fazer coisas piores do que ele?
Seria ela uma pecadora por ser dona da galeria de sangue humano?
Eu sou a pecadora.
Somos pecadores.

Somos o pecado final um do outro, e por nossas almas aceitamos ser condenados.
Somos inimigos do museu por estarmos pintando a galeria com mais sangue humano.
Pois em um pedestal vi o pior dos demônios, em ouro o vi se sentar perante seu reino e em vez de ajoelhar ao seus pés, me tornei a rainha de uma partida de xadrez onde o trono ao seu lado me pertence.

É isso que nos tornamos.
A olho nu parecia um anjo caminhando ao lado de um demônio, era como as pessoas que não nos conheciam viam a gente. Todos manipuláveis.
Agora quem nos conhecia, sabia perfeitamente que éramos como filhos de Hades e Perséfone.
Corredores cruéis e talvez assassinos.

A vadia mais odiada do colégio, uma verdadeira megera, alguém que não merecia ser amada.
Jayne Russell, essa sou eu.

O cara que odiava cada ser humano existente naquela escola, considerado um problema sincero, um criminoso, um assassino, o escorpião fantasma, alguém que não acreditava no amor.
Ryder Connell, esse é o nome dele.

O nome do único garoto que ficou ao meu lado, quando não havia ninguém por mim. Traidores.
Eu só não imaginava no início que: Após o fogo sempre pode ter um novo incêndio.
E cada camada dele é composta por perfeitos desastres.

Não voltaria para a minha vida antes dele e sei que faria tudo de novo.

Essa é a história de como Ryder Connell e eu, nos tornamos o rei e rainha do submundo de Las Vegas, denominado como Lottan City.
O inferno está em paz, pois o caos está na terra.

After Fire Onde histórias criam vida. Descubra agora