2 - Olhos de safira

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"A água está ficando mais fria, me deixe entrar em seu oceano e nadarLá fora na Califórnia, vou estar desejando e nadandoTão difícil te ignorar, especialmente quando eu estou fumando e nadando"

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"A água está ficando mais fria, me
deixe entrar em seu oceano e nadar
Lá fora na Califórnia, vou estar
desejando e nadando
Tão difícil te ignorar, especialmente
quando eu estou fumando e nadando"

Swim - Chase Atlantic

   Não ouvi nenhum dos corações que perfurei pararem de bater, o som de cada crânio se quebrando parecia brevemente mais impactante que o disparo da bala, enquanto o sangue escorrendo pelo chão era o sinal de que o serviço havia se cumprido

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Não ouvi nenhum dos corações que perfurei pararem de bater, o som de cada crânio se quebrando parecia brevemente mais impactante que o disparo da bala, enquanto o sangue escorrendo pelo chão era o sinal de que o serviço havia se cumprido.
Os corpos que foram escondidos por essa cidade.
Uma cidade constituída pelo sangue de seus habitantes.
Sangue derramado por assassinos como eu.

Então, me surpreende o fato de que escutei a voz de uma garota gritando nesse momento, sendo que nem estou prestando atenção nas reclamações de Thomas durante a ligação.

- Cala boca! - mandei ao telefone. - Acho que quase atropelei alguém.

- Não me manda calar a boca! - meu irmão rebateu.

Ou a pessoa que um dia já considerem meu irmão.

- Por que eu tô falando com você mesmo? - questionei sem deixar escapar a ponta de sarcasmo.

- Não desliga, ou eu...

- Tchau! - tirei o celular do ouvido com um sorriso satisfatório, sem paciência.

Automaticamente pensei em qual foi a última vez que sorri de verdade, por uma ponta de felicidade, não para me livrar de algum problema momentâneo.

Parei o carro por um segundo para checar se machuquei algum outro aluno. Mas quando olhei para trás, não havia absolutamente ninguém lá.
Deve ter sido somente impressão.

Aumentei o volume da música, deixando minha cabeça ser levemente tomada pelo ritmo, e dirigi devagar até a primeira vaga que vi.
Nem acredito, entrei para o colégio dos mauricinhos.
Ainda estou no lado B, mas isso aqui parece um shopping perto da prisão estudantil que era a minha antiga escola.
Porém, quando se estudou na RSEHS e também foi preso em um reformatório, você sabe diferenciar os dois muito bem.
Cheia de grades e seguranças, por isso o apelido de prisão estudantil. Enquanto os alunos se resumiam em futuros criminosos, inclusive eu, o garoto mais temido aos treze anos.
Jovem demais, sobrenome com poder, momento errado e provocações que não deveriam ter acontecido, resultando em consequências fortes o suficiente para me fazerem repensar sobre o que a minha vida se tornaria daquele dia em diante.

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