03

962 77 43
                                    

AUTUMN LARSEN

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

AUTUMN LARSEN

Eu com certeza poderia ter escolhido ficar na casa dos meus pais, sendo sustentada por eles, enquanto cursava faculdade, sem passar estresse e ficar muito cansada no trabalho, no entanto, eu não estaria bem emocionalmente. A primeira justificativa vinha da minha mãe, que sempre quis que eu cursasse a faculdade de medicina, o que eu tinha total pavor, a segunda — talvez a mais pavorosa de todas — era a insistência que ela tinha para me fazer casar com um dos filhos de suas amigas. Além disso, havia pessoas da minha família que não eram as melhores do mundo.

Dawson, meu irmão, tinha saído de casa logo que completou o ensino médio, indo morar mais próximo da faculdade, onde cursava ciências tecnológicas. Aos vinte e três anos, meu irmão mais velho era sócio em uma empresa de tecnologia, sendo assim o orgulho da família, enquanto eu trabalhava em uma loja de departamento, sendo cobrada por ainda não ter ido para a faculdade.

A válvula de escape — maior loucura da minha vida — foi arrumar as malas e dar o fora da casa deles, vindo para outro país, só contando a notícia da minha mudança horas depois, quando eu já tinha me instalado na pequena quitinete que havia alugado pela internet, com algumas economias. Meses depois eu consegui um lugar melhor para morar, onde eu dividia o apartamento com Grace, que também era minha colega de trabalho no café. Um ano e pouco depois, eu estava com um apartamento próprio, dividindo meu tempo entre o trabalho e a faculdade.

No início eu achei muito idiota em começar uma curso superior aos vinte e cinco anos, mas com o passar do tempo, notei que minha turma era repleta de gente mais velha e que não ligava mais para os padrões impostos antigamente.

Eu trabalhava de segunda à sexta, das sete ao meio-dia e à tarde ia para a faculdade. Com o estágio, eu trabalhava de manhã, estagiava à tarde e estudava à noite.

Durante às segundas e terças, eu tinha um freelancer de dar aulas de finlandês nas horas vagas da faculdade, que não tinha quase resultado nenhum — porque vamos combinar qual a necessidade de aprender essa língua. No começo meus colegas de classe se interessaram em aprender minha língua materna e ficaram impressionados como eu falava sueco também gerando muitos pedidos para aulas, no entanto, eu estava pronta para chutar mais essa atividade e focar mais em mim.

Meu estágio passaria a cobrir minhas manhãs por completo e minha faculdade comeria o resto do tempo. Então, em três semanas, eu iria sair do café e estudar mais do que tudo para me formar em seis meses.

Na manhã de segunda-feira, eu acordei somente quando cheguei no café, Grace logo notou meus olhos inchados e me empurrou um copo de expresso, com biscoito de canela, sentando-me à minha frente, em uma das mesas do estabelecimento, antes que abrisse.

— Você está péssima, A! — ela comentou, enquanto eu esfregava os olhos. — Você tem que parar um pouquinho, se não vai parecer uma morta-viva na sua formatura.

RUMORS | JORDAN HENDERSONOnde histórias criam vida. Descubra agora