15 - Rosé

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  Eu posso escutar a voz, o riso e até mesmo escutar o som de quando nos beijávamos. Mas tudo está em meus pensamentos.

Eu só queria chorar e amaldiçoar tudo na minha frente. Parti meu próprio coração e não sei se algum dia iria conseguir consertá-lo sozinha. E o pior, eu quebrei o coração dela também. Esse é o grande problema. Eu sou uma destruidora de corações: o meu e o dela.

   Eu estou olhando o céu. Será que ela também está pensando em mim? Era só olhar o céu para sabermos que sempre estaremos ao lado uma da outra. Foi o quê ela me disse.

  Mesmo que o tempo passe, o dia e a noite passem... Eu esperarei ansiosamente por nós nos encontrar um dia... Eu preciso disso, mesmo sabendo que não poderemos ficar juntas do jeito certo. É, é ela... Eu só me apaixonaria por ela, posso sentir isso. Sempre seria ela.

Só queria que nosso amor me salvasse. Dói escutar eles me dizerem o quê devo sentir.

- Rosé. Volte para o quarto.

  Me virei ao escutar a voz dele. Saí da sacada e voltei para o maldito quarto de casal... Ele não percebe que estou pensando nela?

- Perdeu o sono?

- Não...—Me deitei ao seu lado, apagando o abajur perto de mim.

- Não? —Ele me abraçou, beijando em seguida meu pescoço. — Estou adorando ter você desde que voltou dormindo comigo.

- Me solte logo. —O empurrei. — Se vira e fechei essa boca.

- Para de fingir ser difícil.

- Vá procurar uma velha, garoto. —Fechei meus olhos. Garoto nojento.

  Agradeci aos céus pelo silêncio. Mas infelizmente demorou até eu dormir.

 Jisoo sempre sendo meu primeiro e únicos pensamentos: toda hora só aparece ela em minha mente.

Como ela estaria? Me odiando? Chorando? Eu prometi que nunca a machucaria, e falhei nisso. Eu sou uma burra...

  Acordei sentindo beijos em meu pescoço e uma mão nada suave tocando em meu seio. Abri rapidamente os olhos e o empurrei com a pouca força que eu tenho pela manhã.

- Argh! Eu disse para não tocar em mim, caralho!

- Não posso beijar minha esposa? Fala sério.

  Levantei na força do ódio e caminhei quase afundando o chão até o banheiro.

  Eu escovava os dentes enquanto falava mil xingamentos em minha mente, lógico que foi após eu ter pensado na Jisoo. Novamente aquela pergunta: Como ela estaria...??

  Separei uma roupa após entrar no meu quarto —o de hóspede mesmo, não tirei nada meu de lá — e fui ao banheiro novamente. Meu banho foi longo, mas necessário. Me vesti no banheiro e voltei para o quarto: só para pentear meus cabelos molhados e passar algum creme em meu corpo.

- Bom dia. —Falei sem ânimo para a empregada que estava servindo o café da manhã para o Fernando.

- Bom dia, senhora Rosé. —Ela foi gentil, mas aquilo me incomodava muito.

  Sentei longe dele e apenas coloquei leite quente no meu copo. Lembrei novamente dela: Jisoo adorava leite gelado, mas de manhã ela tomava ele apenas quente. Ela sempre foi tão fofa.

Apenas tomei meu leite em silêncio e voltei para o quarto. Ficarei o dia todo aqui, e dormirei também.

- Pai? —Estranhei ao descer após ter acordado. Já era onze da manhã, eu vi no meu celular antes de sair do quarto.

The feels {Concluída}Onde histórias criam vida. Descubra agora