19- Lisa e Rosé

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P.O.V Lalisa

Mais um dia chegou, e para minha surpresa já amanheceu ventando bastante. Estava frio, e minha coragem para levantar era zero. Estava no fim do mês de setembro e esse mês deveria ser agradável, e realmente estava indo. Eu não era o tipo de pessoa que agradecia sempre que um mês chegava, mas estava empolgada para outubro, sem nenhum motivo aparente.

Me espreguicei e estiquei minha mão para pegar meu celular, logo vendo a página de noticiário atualizado há três horas atrás. Também tinha sobre o clima, que indicava que durante os três últimos dias do mês haveria chuvas, mas o tempo ensolarado logo voltaria. Olhei outras notícias, e por fim resolvi ligar para meu pai. Não vou negar que estou com saudade da minha família, mesmo eu não sendo tão unida com eles, mas sempre poderíamos conta um com o outro.

   Sorrio levemente ao escutar a suave voz do papai, logo dei risada ao escutá-lo reclamar comigo por não ter ligado antes. Conversamos durante bons minutos, até a mamãe participou do nosso assunto e me mandou se cuidar e alimentar bem, etc. No fim o papai veio com assunto chato novamente, pedindo para eu morar com eles e assumir o cargo que estava guardado para mim, mas ser dona de uma empresa nunca foi meu desejo. Acabei discutindo outra vez com o papai, e o mandei dar meu cargo para meu primo pois eu não me sentia e nem me sentiria bem para assumir algo tão importante.

   Morar sozinha, longe da minha família, também fez parte para mim criar mais responsabilidade e tal, mas em nenhum momento desejei ficar no lugar do papai e nem viver trabalhando igual ele. Por isso, mesmo vindo de uma ótima família, eu quis fugir desse mundo e viver a vida que tenho agora: eu sendo eu mesma. Lógico que os mimos que eu tinha, viagens incríveis e não trabalhar era maravilhoso, mas se para eu ter isso de volta for ter que assumir uma empresa então prefiro continuar vivendo como estou agora.

  Ainda de pijama fui abrir a porta, vendo minha adorável melhor amiga de adolescência. Certamente alguém estava lá fora, por isso ela entrou sem tocar o interfone.

- Quem é vivo sempre aparece. —Digo dando espaço para ela entrar. Assim ela fez, e eu fechei a porta. — Que milagre você por aqui.

- Vir te convidar pessoalmente para irmos em uma festa, hoje á noite.

- Não, obrigada. —Caminhei para sala, com a Joy me seguindo.

- Lembra do Taehyung? Que você foi no aniversário dele, lembra?

- Lembro, e lembro que você me abandonou lá sozinha sem conhecer ninguém.

- Não iria te deixar mais, ok?

- Mentirosa! —Fiz beicinho, me sentando no sofá. — Você sempre diz isso.

- Resumindo. O Tae irá dar uma festa hoje, e você vai comigo.

- Você não é minha mulher para me obrigar a nada.

- Olha aqui, sua... —Parou de falar, e eu fiquei confusa, mas fui em direção a porta já que alguém tinha dado algumas batidinhas.

   Fiquei mais confusa ainda vendo uma Jennie segurando duas sacolas, sorridente e tão agasalhada me encarando.

- Bom dia, gatinha.

- Bom dia. Que surpresa você aqui, Nini. —Dei espaço para ela entrar, e nem parei de a observar. — Por que está tão agasalhada? Nem está tão frio. —Fechei a porta.

- A mamãe obrigou, né? —Revirou os olhos. — Mas lá fora está ventando bastante. Sabia que poderá chover...—Kim falou já indo para sala, logo ficando parada e eu atrás dela. — Joy?

- Jennie!? —Sorriu, mas sequer levantou. — Oiê!

- Oii. —Cumprimentou aproximando. — Nunca esperaria te encontrar aqui.

The feels {Concluída}Onde histórias criam vida. Descubra agora