2.MASKED

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Sua cabeça latejava tão forte que parecia um balão prestes a explodir, a dor era terrível.

Seu corpo parecia ser uma vítima de atropelamento por um caminhão, a dor estava em todo ponto de sua estrutura, se sentia realmente ter sido esmagada.

Com pesar abriu seus lumes inchados, encontrando apenas mais escuridão.

- O-onde estou?... - Com a voz seca Ari murmurou, analisando cada detalhe ao seu redor, pela má iluminação quase não conseguiu identificar. Sua cabeça dolorida também não ajudava em nada. - O que eu estou fazendo aqui?! - Disse para o completo silêncio enquanto encarava aquele cômodo perplexa, não podia acreditar que estava numa espécie de porão, porão de um lugar do qual não sabia.

Ari forçou sua cabeça a pensar o que significava tudo aquilo, e deu um sobressalto quando se lembrou do que havia acontecido antes de apagar por completo, horas atrás.

Abismada, continuou fitando o local, as paredes cinzas sem reboco pareciam mofadas, a escada de madeira que dava acesso a uma porta sem maçaneta parecia velha.

A quase dois metros acima de sua cabeça havia uma lâmpada fixa no teto, sua luz dourada já estava fosca, deixando o local com pouca iluminação, mas algo chamou sua atenção; no teto havia um fio de luz vermelha... Talvez seria uma câmera?

No chão não havia nada, mas quando se deu conta, percebeu que seus pés estavam descalços e haviam longas correntes presas em seus tornozelos.

Antes mesmo que Ari pudesse esboçar qualquer reação, o silêncio foi encerrado quando o homem alto e desconhecido entrou no cômodo, fitando-a por de baixo daquela máscara de coelho - que assombrava cada vez mais a jovem.

Ari não ousou mexer um músculo sequer, encarava o homem sem piscar, estava parecendo um manequim em exposição, totalmente parada.

Seu coração começou a bater em sua caixa torácica com força, fazendo-a apenas escutar as batidas intermináveis.

O homem começou a descer os degraus, concentrado em apenas encará-la.

Ari agora sentia suas pernas tremerem, estava insegura se podia permanecer em pé por muito tempo.

- Por-por favor... Não me machuque! - Ari posicionou seus braços para frente indicando um "pare" com as mãos, como se de alguma forma, o mascarado pudesse obedecer.

- Por que não devo te machucar? - Sua voz parecia jovial, mas estava um pouco abafada pela máscara. - Por que Srta. Lee?... - Com risos o homem continuou se aproximando, deixando a menor sem palavras.

Quando estava a um passo à frente, foi nítido a diferença de altura entre os dois adultos ali presentes.

Ari não era baixa, mas sua cabeça batia próximo do peitoral do homem.

- Você está com medo? - O maior murmurou, encarando a face de puro desespero da menor.

Ari engoliu em seco, que tipo de pergunta era aquela? Era óbvio que sim, um desconhecido tinha atirado em Kim Namjoon e agora a sequestrou, era claro que Ari estava com medo, estava completamente apavorada.

Mas Lee nada disse, apenas continuo encarando o mascarado, talvez seria melhor se manter calada.

- Me diz Srta. Lee Ari, como quer morrer? - O desconhecido perguntou num riso abafado, meio psicótico, trazendo uma bomba de arrepios para a jovem, arrepios que chegava a doer sua própria pele.

Com as lágrimas prontas para rolarem de seus olhos, Ari deu um passo para trás, totalmente incrédula do que tinha acabado de escutar.

Uma onda de pânico atingiu o seu peito. Agora definitivamente parecia ser o seu fim.

- Por favor não me machuque! Juro que não irei contar nada para ninguém! - Chorando Ari gritava em puro desespero, seu coração doía a cada batida, não podia acreditar no que estava acontecendo, era demais tudo aquilo, no fundo, rezava para ser apenas uma brincadeira ou talvez um pesadelo.

Podia ser qualquer coisa, menos a realidade. Era isso que a jovem mais desejava.

Mas a forte angústia em sua garganta a fazia perceber o quanto aquilo era real.

Ari não queria acreditar no que estava acontecendo, não engolia o fato que poderia morrer nas mãos daquele homem desconhecido, daquele homem assustador.

- Por favor! Eu faço qualquer coisa, mas não me machuque! Por favor não me mate! - Lee se ajoelhou-se diante do homem, com suas mãos fez sinal de súplica, lágrimas e lágrimas desciam de suas bochechas pálidas, a jovem estava aterrorizada, aterrorizada como um animal prestes a ser devorado pelo predador.

E o mais irônico, é que seu predador era um "coelho".

- Você realmente vai fazer qualquer coisa? - Perguntou em um tom duvidoso, enquanto continuava a encarar a jovem agora ajoelhada.

Ari na mesma hora balançou a cabeça confirmando, talvez essa fosse a sua esperança. Talvez ainda tivesse a sorte dele não a matar ou a ferir.

Ou talvez essa fosse a sua partida para o inferno.

Devagar, o mascarado se agachou de frente para a menor, a deixando completamente confusa.

Com um gesto delicado, o homem começou a cariciar os cabelos negros de Lee Ari, ela não conseguiu entender o que estava acontecendo, por que ele estava fazendo isso?

Lee apenas o encarava com mais medo, não ousou se mexer. Apenas não queria morrer, não queria deixar sua mãe sozinha, ainda mais agora que a mais velha estava em coma devido a um acidente.

- Então você será minha, você irá me ajudar... Irá fazer tudo o que eu mandar... Vai ser a minha escrava, senão, vou te proporcionar a pior morte que uma jovem bonita como você poderia ter.


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