25.HORROR

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Para Lee Ari era agoniante estar diante de Jeon, de encará-lo, de estar no mesmo ambiente, de estar em pé e saudável, enquanto seu inimigo sofria as consequências de sua rebeldia "vingança".

Chegava a ser cômico, mas ela não queria mais pensar nessas coisas, não queria mais ficar remoendo aquela situação e todo o seu passado, não queria mais sentir raiva, frustração, cansaço, dor, tristeza... mais sofrimento.

A jovem suspirou limpando as lágrimas que insistiam em cair, ela mal sabia o que estava sentindo naquele momento, seu coração batia forte, era uma sensação que realmente não sabia distinguir o que era.

Com passos lentos e inseguros, Lee se aproximou, ficando cada vez mais próxima.

Já não era mais suportável estar naquele ambiente, a culpa abraçava suas costas, o arrependimento pesava em seus ombros, tudo ali estava a afetando.

— Eu sinto muito.

Com o seu caminhar vagaroso, Lee Ari saiu do quarto, indo em busca de um cômodo para ficar.

A estrutura da casa era bem intuitiva, então não era fácil de se perder naquele ambiente novo, mesmo com vários corredores.

O quarto de hóspedes era visivelmente simples, mas, ainda assim, era bem aconchegante.

A janela do quarto era a qual transmitia uma bela luz do entardecer, o brilho alaranjado lhe proporcionava uma tranquilidade em seu coração, era estranho ter permanecido tantos dias longe daquilo; do mundo real.

Era estranho ter perdido a simples sensação de olhar para a janela e se sentir serena por mais um dia concluído.

Era estranho estar a tantos dias sentir que não estava vivendo mais a sua real vida, ou pelos menos, o que era antes.

Além da janela, havia uma cama de casal, uma escrivaninha, um pequeno guarda-roupa e uma porta que provavelmente daria acesso à suíte.

Talvez, qualquer quarto seria melhor do que aquele porão escuro, relembrar daquele pesadelo a deixava muito mal, era incrível pensar quantas coisas aconteceram em um período tão curto.

O que seria dela se estivesse ainda presa naquela casa? O que aconteceria se ela não tivesse o atacado?... O que seria de Lee Ari se desde do primeiro momento não tivesse sido demitida?

Ela não queria mais pensar nisso, mas algo a deixava ainda mais inquieta; o estado de saúde de sua mãe.

Fazia dias que não sabia de nada sobre ela, dias que não a visitava... e se ela finalmente tivesse acordado? Será que ela já poderia ter saído do coma?... Ou... Talvez... Lee Ari não queria nem imaginar.

— Meu Deus... Por que minha vida tem que ser assim? — Com um longo suspiro, Lee Ari se deitou na cama, tentando se manter fria para não começar a chorar, para não cair em lágrimas e ver o seu mundo cada vez mais branco e preto.

Mas ao deitar sobre a cama, seu corpo ali sentiu o cansaço, ali sentiu a violenta exaustão.

Ao se levantar da cama, ouviu os cantarolar dos pássaros, com passos preguiçosos Lee Ari foi até a janela, se espreguiçando enquanto via o que acontecia através da janela.

— Vem mamãe! O papai vai plantar um girassol! — Uma garotinha de cabelos negros e olhos brilhantes a chamou com um lindo sorriso, sua idade provavelmente não passaria de quatro anos, mas com certeza, era a menina mais linda que tinha visto antes.

A garotinha vestia um vestido branco e em sua cabeça havia uma tiara de orelhas de coelho, ao seu lado um homem se encontrava agachado; focado em plantar alguma semente, enquanto tinha suas mãos sujas de terra.

My Bad Killer Bunny - Jeon Jungkook 🐰Onde histórias criam vida. Descubra agora