Capítulo 17

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Depois da reuniãozinha surpresa, não parei de pensar no que aquelas três juntos com os exterminadores de Supers poderiam aprontar. Sei que John, gostaria de por chamá-lo assim, não está preocupado com isso, ele é a porra do Capitão Pátria, não precisa se preocupar com nada, mas pensando bem, ele pode estar certo, se ele não for mais o líder d'Os Setes, quem será? Luz Estrela? Não! Ela não tem porte para isso, a Maeve pelo que eu sei é uma hipócrita e o restante, uns bostas ambulantes que só fazem besteira, tirando o Black Noir, não sei quase nada sobre ele. Confesso que fui pesquisar um pouco sobre os Supers na internet e sobre Edgar e a tal Tempesta e acabei descobrindo que ela era um rolo do Capitão, Jonh, que seja. A mulher era uma filha da puta nazista, isso com certeza, mancha a imagem dele e digo referente a mim, por ser negra. Confesso que estou com medo de tocar no assunto com ele, mas talvez seja necessário já que Maeve e Bruto parecem saber demais. Eu sei que eles escondem algo, só não sei exatamente o que.

Levanto-me da cama para ir até a cozinha pegar um pouco mais de água, escuto alguns movimentos, Val, ela está no celular, passo a passo, paro atrás da porta e fico escutando sua conversa.

- E vocês acham uma boa ideia? - ela dá uma longa pausa e continua - Bom, se o Bruto acha que vai dar certo, eu só não legal essa história de uma versão antiga do Capitão Pátria andar por ai. E o Bruto o cara é extramente bruto, literalmente, se ele já é assim, imagina como um Super? Isso não me cheira muito bem.

Do que ela está falando?

- Não! Ela está no quarto. Sim, eu sei, eu sei. Nunca pensei que iria dizer isso, mas não podemos confiar nela, não enquanto ela estiver caidinha por aquele monstro.

Vaca! Ela continua.

- Okay, nos falamos mais tarde. Mesmo lugar de sempre? Tá bom, beijo. - ela finaliza, a escuto por o celular na bancada.

Que filha da puta! Volto para cama, fecho o notebook, visto a primeira roupa que vejo pela frente, calço meu tênis, faço um rabo de cavalo alto, pego a carteira, celular, documentos, jogo tudo na bolsa, a fecho e saio do quarto. Tranco a porta, coisa que eu nunca precisei fazer. Sinto seus olhos me metralhando, mas a ignoro.

- Vai sair? - ela questiona.

- Sim! - respondo sem vontande alguma de trocar qualquer palavra com ela.

- Com o tal Nolan? - novamente.

Não respondo. Sei que se responder, posso falar demais e não é essa a intenção. Dou as costas e bato a porta quando saio. Ela não reclama, não diz uma palavra se quer, já que tem toque com coisas batendo. Aperto o botão e espero o elevador abrir. Bem que o Capitão Pátria poderia ter um celular, né? Essa história de ir até a Vought toda vez que precisar conversar com ele, não é uma boa ideia. A porta se abre, entro, aperto no térreo e espero ela fechar.

***

Desço do elevador, caminhando nos corredores, não me sinto nada invisível, algumas pessoas me cumprimetam, outras me metralham com os olhos, algumas cochicham, é desconfortável, mas consigo imaginar do que estão falando. Confiro o andar em um quadro como se fosse um mapa na parede, estou no local certo, só preciso achar o Capitão Pátria.

- Nicole? - eu reconheço essa voz educada - Que bom te ver aqui.

Olho para frente, Edgar.

- Ah! Oi, tudo bom? - tento não parecer surpresa.

- Melhor agora, - ele responde rápido, seu sorriso é discreto, um pouco astroso, sua calma de falar, seu olhar impactante acaba me assustando um pouco, me fazendo apagar quase todas as palavras que conheço de minha mente - vejo que aceitou minha proposta?

Devil Side - HomelanderOnde histórias criam vida. Descubra agora