É uma mistura de prazer e agonia. Seus movimentos são rápidos, firmes, fortes. Um vai e vem que me incendeia por dentro. De repente estou virada de frente, com as pernas abertas, seus olhos estão impregnados nos meus, suas mãos me apertam como se eu fosse a única coisa concreta em que ele pode se agarrar. Quebro nossas trocas de olhares quando ele vai mais fundo, um agrado percorre pelo meu corpo. Suas mãos aveludada me puxam perto, como se fossemos um só. Aperto com força a bancada. Só o que ouvimos são gemidos e os sons dos nossos movimentos.
Olho para ele que morde os lábios com força, de olhos fechados e cabeça para cima. Eu deveria estar na mesma situação. Não que eu não esteja gostando, mas como eu virei de testemunha para a garota que está dando para o Capitão Pátria?
- Olha aqui garota, - ele para seu movimento, sinto seu órgão endurecido dentro de mim - foi você que me beijou e começou com esses - suas palavras soam sarcásticas - pensamentos impuros - ele assenti com a cabeça - então, para com isso e deixa eu terminar o que comecei.
Não respondo. Apenas continuo na parada, nas mesma situação. Vejo seus olhos azuis fixos aos meus, sua expressão não está mais tão amigável como antes, na verdade, amigável não seria a palavra certa para defini-lo. Acho que eu deveria ter dito alguma coisa.
- CACETE!
Ele retira seu pênis de dentro de mim e começa a se ajeitar. O vejo organizar as calças. Fico na mesma posição por alguns segundos e começo a me vestir em seguida. Arrumo algumas coisas que estão fora do lugar tentando disfarçar o constrangimento. O mesmo vai até a porta e a abre, antes de sair, ele vira para mim, o olho de canto de olho.
- Ah! - ele está segurando a porta, me encarando, vejo um sorrisinho ladeado querendo esboçar em seu rosto - Eu ia dizer pra você não foder tudo amanhã, mas acho que não vai precisar, já que nem isso você sabe fazer.
A porta se fecha.
- Wow! - exclamo.
Permaneço incrédula e paralisada por alguns instantes. Eu acabei de estragar tudo completamente. Não que isso tivesse sido parte de algum plano, não, de jeito nenhum. Eu só penso demais e esqueço que ele pode saber o que eu estou pensando, pode ver o que estou fazendo, pode ouvir o que eu estou fazendo a quilômetros. É como se eu estivesse de mãos atadas. Pensando bem, não há muito o que fazer em relação a ele, a não ser que eu construa uma casa de zinco, ai estaria livre dele, mas isso seria impossível.
Olho para o celular que Maeve me deu para mantermos contato. Estou atrasada, inventei de encontrar a Val no shopping e eu odeio shoppings. Reviro os olhos e mando mensagem para ela. Digo que sei que estou atrasada, mas que daqui a pouco estarei lá. Levanto-me e volto para cozinha arrumar a bagunça, tentar comer algo e ir ao encontro de Val antes que ela tenha um heart attack.
***
Val falou o caminho todo. Sobre essa história de aparecer na Vought Studio, sobre a Maeve e a Luz Estrela, sobre o que faremos quando voltarmos para o Brasil e afins. É como se ela estivesse ligado o modo Tamara Kaplan dela e é meio impossível a fazer parar, ela se magoa fácil. Paramos em frente ao elevador, há algumas pessoas esperando na sala de espera também. Vejo algumas meninas cochicharem e me olharem, ignoro. Melhor, tento ignorar. A porta do elevador abre, entramos. O resto do pessoal espera o outro, por que será? Reviro os olhos com força.
- Ei, está me ouvindo? - Val balança as mãos na minha frente - O que deu em você? Está esquisita hoje. Eu hein?!
- Tô com dor de cabeça. Só isso!
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Devil Side - Homelander
FanfictionDe um lado, Nicole, uma jovem intercambista que vê suas férias desmoronarem quando sem querer acaba sendo testemunha de uma chacina. Do outro lado, Capitão Pátria, o almejado líder dos Supers, o herói narcisista e arrogante que pouco se importa com...