Eu não estou surpresa, mas também não estou indiferente. No fundo eu já sabia que isso iria acontecer e não fiz nada para impedir? O vejo passar os olhos pelas minhas malas.
- É só isso? - largo o celular na cama - Só isso que você tem para me dizer? É por isso que estão me ligando? Você me envolveu em mais um assassinato. Você tem noção da merda que você está fazendo? O Edgar vai me associar com isso, ele vai nos associar com isso e...
- Edgar, Edgar, Edgar. Está tudo sobre controle, ao contrário de você, eu sei o que estou fazendo.
- E o que você está fazendo? - indago.
- Eu tive uma idéia, já que suas malas estão pronta, podemos te tirar daqui e aí podemos conversar sobre você.
Nem fudendo!
- Como é que é? - ele questiona esperando uma resposta.
- Olha Capitão Pátria, eu sei que eu já disse isso, mas você é instável, é confuso lidar com você e você estava se abrindo e conversando e do nada mudou completamente. Você pode confiar em mim, mas e eu? Eu posso confiar em você?
- Por que não poderia?
- Acho que meu pescoço responde a sua pergunta.
Ele bufa, revira os olhos e se aproxima. Uma sensação de adrelina passeia pelo meu corpo, não é como se eu estivesse com medo, mas também não estou segura.
- Me desculpa. É isso que você quer ouvir? Um pedido de desculpas? - ele passa sua luva aveludada pelo meu rosto, não faço um movimento sequer. - Me desculpa por hoje e para mostrar como eu estou honestamente arrependido, você, só você pode me chamar de Jonh a partir de hoje, mas - ele faz uma pausa - só quando estivermos a sós.
Eu não deveria estar feliz, meu futuro crush está morto e eu nem sei porque, na verdade, eu acho que sei. Minha melhor amiga e eu não estamos nos falando e eu estou caidinha por um herói que de herói não tem nada, mas o fato de eu poder chamar ele de Jonh, me parece um novo capítulo.
- Eu vou para sua casa então? - questiono - E depois?
- Bom, você vai ter que ir comigo para saber.
Seus lábios encontram os meus, suas mãos me erguem para seu colo, ele caminha pelo quarto até a cama, jogando minhas malas ao chão, suas mão viajam pelo meu corpo, é como se eu ficasse fora de mim, o deixando controlar toda a situação, enquanto ele beija meu pescoço, penso no que estou fazendo, no que ele quer que eu faça. Capitão Pátria está acostumado a controlar tudo, mas e Jonh?
O empurro, o tirando de cima de mim, vejo seu olhar um pouco confuso, retiro meu pijama e o jogo no chão, ficando totalmente nua na sua frente. Ele demora exatamente três segundos para entender o que está acontecendo, quando seu olhar atrevido estampa seu rosto, aproximo-me abrindo o ziper de seu traje. Ele apenas deita na cama e me deixa fazer todo o serviço.
***
Ouço barulho de passos atrás da porta, provavelmente é Val, ele não está sozinha, levanto-me devagar para não acordar Jonh que está dormindo na minha cama pelo incrível que pareça. Eu nem sabia que super-heróis dormiam. Espio pela fechadura, Val faz sinal para Maeve não fazer barulho, ela entra espia na cozinha e sala, no quarto dela e bate na minha porta, não respondo, olho para Jonh que abre os olhos rapidamente, coloco o dedo na boca para ele não fazer barulho, ele assenti com a cabeça.
- M-A-E-V-E! - soletro para ele e aponto para porta.
Rapidamente, ele levanta e começa a por seu traje, acho que ele já sabia que era ela, faço o mesmo, jogo o pijama pos cima do corpo, pego a camisinha do chão e jogo no lixo. O vejo sentando na cama, seus olhos se movimentam da porta para parede, deve estar vendo tudo já que ele tem o dom de fazer isso. Enfio a orelha atrás da porta e começo a escutar a conversa delas.
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Devil Side - Homelander
FanfictionDe um lado, Nicole, uma jovem intercambista que vê suas férias desmoronarem quando sem querer acaba sendo testemunha de uma chacina. Do outro lado, Capitão Pátria, o almejado líder dos Supers, o herói narcisista e arrogante que pouco se importa com...