Capítulo 15

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04h55min, confesso que adorei o lugar, apesar de não estar vestida adequadamente. As pessoas são engraçadas, simpáticas e alguns me reconheceram da entrevista na Vought, mas isso não mudou em nada, só me questionaram sobre os Supers.

Nolan é legal, engraçado e bonito, apesar de estar trabalhando, marcamos de ir embora juntos, enquanto alguns brigam por não querer irem embora, estou sentada em uma cadeira, esperando Nolan finalizar. Olho para o meu celular, não há notificações, sinto-me aliviada.

- Pronto. Estou livre.

Olho para ele que comemora com as mãos. Não está frio, mas também não está um calor. Nolan está de jaqueta jeans, uma blusa preta por baixo e calça jeans escura, carrega uma mochila no ombro, de minutos em minutos ele passa a mão no cabelo.

- Você não é daqui, né? Seu sotaque é diferente.

- Eu sou do Brasil, do sul na verdade. - afirmo olhando para frente.

- Ah! Já tinham me falado que as mulheres do Brasil eram bonitas, mas não achei que eram tanto assim.

O encaro e sorrio, em seguida faço uma caretinha, acho que fiquei sem jeito.

- E você faz o por aqui? - ele coloca suas mãos no bolso, retira um Trident, pega um e logo em seguida me oferece, não recuso - Intercâmbio?

- Sim, na verdade, pretendo fazer letras ano que vem, então resolvi fazer um intercâmbio para quando começar, ter já uma noção.

- Seu inglês é ótimo. - seus olhos fixamo nos meus, em seguida ele vira o rosto ficando vermelho.

- Obrigado! Eu já tinha feito cursinho. - tento quebrar o gelo e o silêncio que nos cercou durante dez segundos - E você mora por aqui perto?

- Na verdade, eu moro pra lá - ele aponta para trás - mas como você foi caminhando, pensei em te largar em casa e depois volto pra casa.

- Nossa! Meu Deus! Eu nem perguntei. Sinto muito, eu... É...

- De boa, é pertinho.

Sorrio para ele que fica vermelho novamente, suas mãos apertam as alças da mochila e seus olhos me encaram sempre que podem.

- Eu moro naquele prédio a frente, então você não vai precisar caminhar tanto. - brinco fazendo sinal com os dedos. Meu Deus, porque eu fiz isso?

05h17min, Paramos em frente ao meu prédio. Ficamos jogando papo fora por alguns minutos. Confesso que achei que ele fosse me beijar de primeira, mas não.

- Então, eu estou de folga amanhã, podemos fazer algo se você quiser, cinema, depois jantar. Que tal? - ele indaga balançando suas mãos no bolso da jaqueta, seus olhos me encaram, mas por questão de segundos desviam, será que eu deveria beijá-lo?

- Eu pilho! Vou por meu número no seu celular, aí vamos nos falando.

- Pode ser! - ele me alcança o celular, digito meu número, o salvo e entrego para ele. - Perfeito. Então nos vemos amanhã?

- Uhum! - é só o que consigo dizer.

- Okay.

Ele fica parado na minha frente, se movimentando, seu rosto cora do nada. Pensando bem, ele é bonito e jovem, trabalha e provavelmente não mata ninguém, por que não? Me aproximo dele devagar, ele não se afasta, chega mais perto lentamente, suas mãos saem do bolso, ele as envolve na minha cintura enquanto nossos lábios se encontram.

Seus lábios são pequenos e macios, seus dentes retinhos combinam com os meus, nosso beijo é lento, calmo, suas mãos são timidas, se mantendo quase no mesmo lugar sempre. Quando nos separamos, ele sorri, parece envergonhado, se afastando, mas não totalmente.

Devil Side - HomelanderOnde histórias criam vida. Descubra agora