Capítulo 63

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Eu sentia uma raiva desproporcinal ao meu tamanho sempre que lembrava do presente de Beto para Nicole, mas o jeito em que ela usa sua língua na cabeça do meu pau, me faz esquecer tudo e todos por um momento. O jeito que ela cavalga e rebola em cima de mim, faz eu querer para no tempo e ficar ali, para todo o sempre. Um formigamento escorre pelo meu corpo, sinto o calor nos meus olhos, olha para ela, estou prestes a gozar, vejo pelo seus olhos negros, o meu reflexo, meus olhos estão vermelhos, não consigo segurar, e eu tento. Deixo o líquido escorrer dentro dela, que antes reclamava, e agora apenas ignora. Nicole sai de cima de mim, está suada, com os cabelos ondulados desajeitados. Ela deita ao meu lado.

- Desculpa, eu tentei...

- Tudo bem, pelo seus olhos eu vi que não ia durar muito. - ela ajeita o lençol em cima dela.

- Você está ficando cada vez melhor nisso. - exclamo abrançando-a.

- Ah, então eu não era boa?! - ela exclama brincando.

- Eu não disse isso! - defendo-me rapidamente. Ela sorri, revira os olhos e se ajeita a cama - Pronta pra sábado?

- Eu nasci pronta. Só quero ver o que vocês vão aprontar. - afirma ajeitando meu cabelo.

- Eu acho que você vai gostar. - digo um pouco receoso. - Você tem que gostar, se não estraguei nosso primeiro encontro.

- Pois então. - ela sorri - Eu confio em você. Vai ser lindo, assim como você. - ela afirma em seguida me dá um selinho.

***

21h45min, confiro no relógio de cinco em cinco minutos. Última mensagem de Nicole foi há três minutos dizendo que estava saindo de casa. Confiro as luzes, a iluminação, a comida, música, tudo. Me ajeito mais uma vez no vidro do carro. Nada de cabelo para trás, natural como Nick gosta, camiseta, bermuda jeans e chinelo por causa da areia. A barba ralinha já que ela gostou e o seu perfume favorito. Espero na entrada. Vejo um carro parar, olho para dentro, o vidro está escuro, mas consigo ver ela em um vestido preto, longo, uma bolsa brilhante, cabelo soltos e unhas brancas, de salto, mal sabe ela que irá ter que tirar o salto.

A vejo sair do carro, seus olhos passam ao redor, a mesma pega a bolsa e abre, parece procurar algo, caminho em sua direção. Ela pega o celular, mas o guarda de volta quando me vê. Seu sorriso é largo, delicado, bobo, retribuo, um pouco nervoso. Vejo os olhares de alguns homens para ela, mas ignoro, hoje não.

- Você está linda! - estico a mão para ela, a ajudando descer os degraus

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- Você está linda! - estico a mão para ela, a ajudando descer os degraus.

- Obrigado! Você também está ótimo. - ela retruca.

Dou de ombros.

- E pensar que eu iria vir de terno, deveria ter posto. - afirmo.

- De jeito nenhum, gosto desse seu lado desajeitado, é sexy. - ela afirma fazendo uma caretinha ao final da frase.

Sorrio. Olho para os pés dela.

- Então, para o seu bem, eu acho melhor você retirar esses saltos agulha. - ela não retruca, apoia seu braço em mim e retira um de cada vez, vejo seus pés delicados - Deixa que eu levo. - seguro sua bolsa e seus sapatos, começo a guiar pelo caminho.

Vamos em silêncio por alguns minutos, mas em seguida ela o quebra.

- Você não fez isso? - ela questiona ao ver a a trilha de luzes quentes ao redor da travessia de madeira rústica no nosso caminho. Escuto seu coração acelerar, ela sorri muito, um sorriso largo e longo.

Não digo nada, apenas continuo a guiando

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Não digo nada, apenas continuo a guiando. Sei que ela quer falar, falar e falar. Seus pensamentos estão a mil, os meus também, mas tento focar no delas. As alianças estão junto ao buquê de rosas na mesa, tento não demonstrar nervosismo, é a primeira vez que tenho um encontro em um relacionamento sério, sem ser sexo selvagem, ou amendotrando alguém. É diferente, uma sensação diferente, sem medo, mortes, desastres e afins.

- Nós vamos dormir aqui? - ela questiona, Nicole não consegue ficar sem falar e pensar.

- Se você quiser. Feche os olhos. - ordeno, ela se assusta no começo, mas os fecha. Vou atrás dela e cubro seus olhos. - Agora sim. Vou ir te guiando, só me obedece okay?

- Uhum! - ela assenti com a cabeça. - Jonh? - escuto sua voz suave - Eu só queria te dizer que esse é o melhor encontro que eu já tive na vida.

- Nós não chegamos lá ainda. - afirmo um pouco ríspido, mas depois me corrigindo novamente.

- Eu sei, mas só esse começo está sendo incrível. - ela afirma segurando firme a minha mão.

Não respondo nada. Mas uma sensação de satisfação paira sobre meu corpo. Chegamos ao destino. Estaciono seu corpo no final da trilha de madeira.

- Fique aqui. - ela assenti com a cabeça.

Confiro as luzes, as velas, a rosa, os pratos, talheres, taças, almofadas, tudo em sintonia. Olho para horizonte, vejo os músicos e os garçons esperando meu sinal. Voilà.

Devil Side - HomelanderOnde histórias criam vida. Descubra agora