22 | life is a mystery

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Quando morremos há uma parte do nosso cérebro que continua ligada por alguns segundos, até minutos, de acordo com médicos e cientistas

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Quando morremos há uma parte do nosso cérebro que continua ligada por alguns segundos, até minutos, de acordo com médicos e cientistas. Talvez seja por conta dessa atividade cerebral que algumas pessoas relatam ver uma luz no fim do túnel, ou até se ver saindo do seu próprio corpo.

Se trata de um grande mistério, o que devemos realmente ver ou sentir quando nosso corpo se desliga para sempre. Talvez se trate apenas de um eterno sonho, como se estivéssemos indo dormir para sempre.

De qualquer forma, sempre imaginei que seja lá qual fosse meu último sonho, seria algo realmente significativo para mim. Nada tão grandioso, talvez estar junto com as pessoas que eu amo, mas que infelizmente já não estavam mais comigo.

No entanto, não era nada disso com o que eu me deparava no momento.

Meus pés moveram-se por conta própria, pisando hesitantemente para trás contra o piso gelado. Girando sobre os calcanhares tentei fugir exatamente por onde vim, mas bati de frente com uma porta de ferro, nenhuma maçaneta ou tranca a vista.

— Onde estou? — Me vi perguntando em voz alta.

Minhas mãos correram pelo metal procurando por uma brecha, qualquer coisa que me indicasse uma saída, mas não havia nada. Em punhos, comecei a bater repetidamente contra a porta, o desespero começando a tomar conta de mim outra vez.

Senti meu coração batendo fortemente contra meu peito, minha respiração descompassada criando pressão contra meu ouvidos até que um zunido persistente me impedisse de ouvir o som das minhas próprias batidas.

— Alguém, por favor! — Gritei desesperadamente. — Me tirem daqui!

Eu quis chamar por alguém que eu conhecia, porém todos os nomes escaparam de minha mente feito fumaça. Instintivamente, me vi chamando por minha mãe, mesmo que seu rosto não surgisse em minhas memórias, sem nunca pronunciar seu nome.

Quando minhas mãos já estavam avermelhadas pelas pancadas e os músculos de meus braços ardiam em cansaço, foi quando eu parei. Deixando minhas costas baterem contra a porta, escorregando até que eu sentasse no chão.

Tive que puxar a camisola mais para baixo de minhas pernas nuas, encolhendo-as para longe do clima gélido, deixando apenas meus pés descalços para fora.

— Onde eu estou? — Minha voz não passou de um sussurro desta vez, mas não havia qualquer um ali que pudesse respondê-la.

Tentei refazer meus passos, em uma tentativa de descobrir como havia parado lá. Mas tudo o que me veio foi este mesmo quarto, como se eu já estivesse ali há longos dias. Quanto mais tentava me recordar, mais vazios encontrava, como uma tela em branco, não uma nova, uma usada a qual haviam passado tinta branca por cima de toda uma pintura.

Redline | TwilightOnde histórias criam vida. Descubra agora