Como Eu Poderia Negar Essas Borboletas?

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Eram seis horas da manhã quando Maiara acordou com o barulho de louça sendo quebrada. Dando um pulo da cama, ela correu para ver se estava tudo bem.

- Maraisa... - Maiara disse vendo a amiga com as mãos cheias de espuma. - O que você está fazendo lavando louça há essa hora?

- Desculpa se te acordei. - ela disse com um sorro amarelo - Não consegui dormir nada essa noite. - disse fazendo uma careta.

A ruiva suspirou e logo depois deu um grande bocejo.

- Marília te ligou? - ela quis saber curiosa.

- Não sei. - ela respondeu séria.

- E porque você não sabe? - insistiu.

- Porque deixei o celular lá em casa. - ela disse sem perceber que se referia como se a propriedade fosse dela.

- Você é louca? - Maiara disse histérica. - E ela não ligou pra cá? - disse apontando para o telefone.

- Eu o tirei do gancho. - Maraisa disse. - E para o seu celular?

- O meu celular está no silencioso... e eu não faço a mínima ideia de onde ele está. - ela admitiu parecendo só lembrar disso agora - Já pensou se seus pais te ligaram e você não atendeu? - disse de repente.

Maraisa ficou séria. Não havia pensado nisso. Também pudera! havia saído com tanta pressa.

- Quero só ver a desculpa que você vai dar a eles caso Marília atenda o celular. - Maiara riu divertida da cara de Maraisa.

- Isso não é nada engraçado! - ela ralhou - Você acha mesmo que ela fez isso?

- Talvez. - a ruiva disse dando de ombros.

- Droga! - ela gritou secando as mãos. - Pode me levar pra casa agora?

- Sim senhora. - Maiara disse ficando de pé novamente. - Só me devolva o pijama.

- E o que eu faria com um pijama cheio de porquinhos? - ela disse divertida sobre a estampa do pijama.

- Ora, não cuspa no prato que comeu, sua idiota. - a ruiva disse lhe dando um leve empurrão fazendo-a rir.

E logo depois de alguns minutos ambas saiam de casa. Maraisa se encontrava com a mesma roupa da noite anterior, a maquiagem não estava mais impecável, e as olheiras demonstravam que ela realmente não havia dormido a noite.

- E então? Como vai ser? - Maiara perguntou quando estavam a menos de uma quadra da casa de Marília.

- Como vai ser o que? - Maraisa disse confusa.

- Você sabe o que eu quero dizer. - ela disse rolando os olhos.

- Eu acho que não sei não. - Maraisa disse com a sobrancelha erguida.

- Quero saber se vai bater nela até a morte... vai? Você lembra da vez que o Marco quase matou um cara assim? Podia pedir conselhos a ele.

Marco era o irmão mais novo de Maraisa. Vivia se metendo em confusões e era uma das pessoas que ela mais amava na vida e sentia falta dele por perto. Maraisa não pode conter o riso com a pergunta da amiga.

- Lembro! E você lembra que ele quase foi preso e perdeu o emprego? Então...
E também, não quero matá-la.

- Tudo bem. Mas eu faria isso se estivesse no seu lugar. - ela disse dando de ombros

- Tenho pena do Gustavo em suas garras sabia? - foi a vez de Maiara rir.

- Ele não pensa o mesmo que você querida, pode apostar.

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