Paris II

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Saindo da parte coberta do aeroporto elas finalmente se dirigiram ao carro que as esperava no estacionamento, já com as malas.

Com um sorriso gentil o motorista se apresentou brevemente e se prontificou em guardar as malas enquanto elas entravam no carro.

Assim que o motorista ligou o motor e arrancou o olhar de Maraisa ficou hipnotizado e maravilhado quando ao passar pelas ruas parisienses, notou como tudo era bonito e sofisticado.

Por fim, alguns minutos depois o tour terminou, e eles estacionaram em frente ao hotel luxuoso que estampava cinco estrelas ao lado do sofisticado nome.

- Nossa, que coisa linda. - ela disse ao descer do carro.

Marília apertou sua mão e a puxou gentilmente pela cintura fazendo seus lábios se encostarem brevemente.

O beijo roubado deixara Maraisa em alerta, e foi quando ela pensou em xingar-lhe que Marília disse olhando em seus olhos.

- Bem vinda a Paris, Carla Maraisa, minha linda esposa. - disse com um sorriso sincero que fez Carla estremecer.

Todo o corpo de Maraisa mandava avisos de perigo, mas ela decidiu ignorá-los, caminhando de mãos dadas com Marília até a recepção do hotel.

- Boa noite. - o recepcionista foi logo falando atencioso - No que posso ajudá-las?

- Temos uma reserva no nome de Marília Mendonça.

O recepcionista sorriu e verificou no computador.

- Oh, sim, aqui está um quarto em seu nome Sra. Mendonça. - disse quando o nome dela apareceu na tela - Aqui está sua chave - disse alcançando-a - Espero que aproveitem a nossa suíte. - ele disse com um sorriso maroto.

Um quarto? Maraisa arregalou os olhos, como assim somente um quarto no nome de Marília?

Elas estavam unidas apenas por um contrato, e por mais que todos pensassem que eram realmente casadas isso seria demais... Seu autocontrole não suportaria tanto!

Marília agradeceu e esperou até que o carregador começasse a andar.

Assim que ficaram a uma distância considerável tanto do carregador quanto do recepcionista, Maraisa agarrou o braço de Marília e a puxou para baixo para poder lhe sussurrar no ouvido.

- Como assim um quarto, Marília? - ela cochichou.

- O que esperava? Quartos separados? - ela perguntou rindo - Por Deus, Maraisa!
- Esqueceu que todos pensam que estamos loucamente apaixonadas? O que você acha que os franceses pensariam ao saber que minha mulher não divide o quarto comigo?

- Eles nem saberiam... - ela retrucou parando de andar e cruzando os braços.

- É claro que saberiam. As revistas estão loucas por um furo meu e acho que "Marília Mendonça e a esposa dormem em quartos separados" seria uma ótima matéria para a primeira capa, não? - perguntou agora séria.

- Você é muito dramática! - ela rebateu.

- Você é que é muito dramática. O que acha que eu vou fazer? Não sou o lobo mal, Carla.

- Não me chame assim! E é claro que não é o lobo mal, o lobo mal comia vovózinhas. - ela disse irônica, mas logo se arrependeu.

- Então, o que você acha que eu como? - Marília perguntou com a voz carregada de malícia.

Maraisa sentiu um arrepio percorrer seu corpo e antes que pudesse responder uma voz aguda as interrompeu.

- Oh, Marília!

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