Queimando.

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Se puderem, ouçam a música <3

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Não iria dar o gostinho de ficar e mostrar a Marília que se importava com suas traições.

Quando alcançou o elevador realmente achou que estava sozinha, não tinha notado que Marília estava a dois passos atrás dela.

A porta do elevador fechou e ela cruzou os braços, brava.

- O que houve? - Marília perguntou.

- Nada. - ela disse dando de ombros - Você poderia ter ficado com a Mafe se quisesse.

- E porque eu faria isso? - ela perguntou querendo saber onde Maraisa queria chegar.

- Ora por que! - ela disse sem alterar a voz em respeito às demais pessoas no elevador - Não se faça de desentendida, Marília. Odeio quando você faz isso. - disse fria.

Parecendo também estar começando a ficar brava, Marília suspirou, e ambas ficaram em silêncio até que o elevador chegasse ao 23ª andar.

Quando as portas se abriram Maraisa saiu primeiro e foi logo abrindo a porta da suíte.

- Não sei por que está tão fria comigo. - Marília disse assim que fechou a porta do quarto. - É uma maneira de demonstrar que está nervosa porque vamos ter que dormir no mesmo quarto?

- Não seja estúpida! - ela disse tirando as sandálias - Não sou criança Marília. E você também não, você sabe muito bem do que estou falando. Ou você acha que eu não via como Mafe te olhava? E outra, o que foi aquilo de "quando vamos repetir a dose?" - ela disse imitando a voz de Mafe.

Marília sorriu satisfeita.

- Você está com ciúmes.

- Não fale bobagens. - ela gritou se levantando.

- Ah, então você não está com ciúmes? - Marília disse sorrindo.

- Não. Eu estou é brava. - ela admitiu.

Era melhor mentir do que admitir para ela e para si mesma que o que tinha era ciúmes.

- Muito brava? - Ela perguntou agora sem o brilho de diversão nos olhos.

- Muito, muito brava. - ela garantiu soltando os cabelos.

- Posso perguntar por que está brava?

- Pode, só não garanto que vou te responder. - ela disse tirando os brincos e o colar.

Marília respirou fundo e esfregou as têmporas.

- O que foi dessa vez? - da maneira como Marília usou o tom, pareceu que a situação acontecia sempre.

- O que aconteceu? - ela disse colocando as mãos na cintura - Como o que aconteceu? Escuta, Marília Mendonça, eu não entrei nesse jogo de contrato para ser desrespeitada dessa maneira! Você me ouviu bem?

- De que maneira, mulher? - ela perguntou arregalando os olhos.

- Quando você vai parar de se fazer de fingir que não está acontecendo nada? - ela gritou ao mesmo tempo em que juntava uma sandália do chão e jogava na direção da loira.

A sandália não a acertou, mas o objetivo estava bem claro.

- Eu vou acreditar que você estava testando para ver se ela voava. - ela disse sem um pingo de bom humor.

- Como você pôde fazer aquilo comigo? - ela perguntou como se Marília não tivesse falado nada. - Você me desrespeitou da pior maneira que se pode desrespeitar alguém.

Amor Por Contrato.Onde histórias criam vida. Descubra agora